Nação

Os Heróis que Frustraram o Golpe: Conheça os Militares que Defenderam a Democracia no Brasil

2024-11-27

Autor: Julia

Heróis da Democracia

Recentemente, um relatório da Polícia Federal (PF) revelou a bravura de alguns dos mais altos comandantes das Forças Armadas que resistiram à tentativa de golpe do ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre eles destacam-se: - **Marco Antônio Freire Gomes**: Comandante do Exército; - **Carlos de Almeida Baptista Jr.**: Comandante da Aeronáutica; - **Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva**: General do Comando Militar Sudeste; - **Richard Nunes**: Comandante militar do Nordeste; - **André Luís Novaes de Miranda**: Ex-general do Comando Militar do Leste; - **Guido Amin Naves**: Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia da Força Terrestre; - **Valério Stumpf**: Comandante do Estado-Maior do Exército.

A Tentativa de Golpe

🎖️ No dia 7 de dezembro de 2022, o ex-presidente Bolsonaro apresentou uma minuta de golpe aos comandantes das Forças Armadas. Marco Freire Gomes, de acordo com seu depoimento à PF, declarou que não apoiaria a manobra. Ele chegou a ameaçar prender Bolsonaro se o plano se concretizasse. **Carlos Baptista Jr.** foi incisivo ao afirmar que não haveria respaldo da Aeronáutica para qualquer tentativa de manter Bolsonaro no poder após 1º de janeiro de 2023, deixando o ex-presidente alarmado. Uma semana depois, durante outra reunião com os comandantes, o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio de Oliveira, reiniciou as tentativas para promover o golpe.

Resistência e Consequências

Após a negativa firme de Freire Gomes e Baptista Jr., que categoricamente se opuseram à ideia de um golpe, o grupo de conspiradores ficou desesperado, pois o plano precisava ser executado até o dia 15 de dezembro de 2022. No dia da reunião no Palácio da Alvorada, Freire Gomes reafirmou sua discordância. O relatório da PF afirma que a falta de apoio das tropas do Exército e da Aeronáutica foi crucial para que Bolsonaro não prosseguisse com a assinatura de um decreto de golpe.

Ataques Virtuais e Pressões Diretas

**Ataques Virtuais e Propaganda Negativa**: Além das pressões diretas, o grupo golpista começou a atacar os militares nas redes sociais, usando termos pejorativos como "melancias" para deslegitimar seus opositores ao golpe. O empresário Paulo Figueiredo Filho, neto do ex-presidente da ditadura João Figueiredo, estava à frente desses ataques. Ele divulgou um documento que incitava os comandantes a intervir no processo democrático. **Pressões Diretas**: Após o vazamento do documento, o comandante do Exército passou a receber mensagens de pressão de um general da reserva, Laércio Vergílio. Figueiredo Filho insistiu nas ações, questionando os militares sobre sua lealdade e criticando a falta de decisão frente à situação delicada que o Brasil enfrentava.

Conclusão e Reflexão

🛑 Os eventos que ocorreram em torno da tentativa de golpe são um alerta sobre os desafios contínuos que a democracia brasileira enfrenta. Os militares que se opuseram a essa manobra não apenas protegeram a instituição, mas garantiram que a vontade popular, expressa nas urnas, fosse respeitada. **Fique atento**: A resistência dessas figuras militares é um ponto central na manutenção do estado democrático de direito no Brasil, e o inquérito acerca da tentativa de golpe ainda está em andamento, elucidando os caminhos que o país deve seguir para consolidar sua democracia.