O PagBank (PagSeguro) iniciou o ano com um movimento significativo de cortes de funcionários. Nos últimos dias, ex-funcionários recorreram às redes sociais para relatar as demissões. De acordo com o site Layoff Brasil, que compila relatos sobre demissões em massa, cerca de 500 profissionais foram desligados, representando aproximadamente 10% do total da equipe.

Esses cortes foram inicialmente reportados pelo Pipeline, um site de negócios vinculado ao Valor.

Em um comunicado, o PagBank comentou que "implementou uma reestruturação com foco na melhoria da eficiência da companhia". A empresa reafirmou seu compromisso em "facilitar a vida financeira de indivíduos e negócios, oferecendo um ecossistema simples, seguro, acessível e digital para comerciantes e consumidores".

No entanto, a empresa não divulgou oficialmente o número exato de demitidos.

É importante ressaltar que, no início de 2023, o PagBank já havia passado por um processo de demissões em massa, alinhado a uma tendência mais ampla de cortes nas empresas de tecnologia, afetadas pela instabilidade econômica global.

Nos últimos trimestres, a empresa tem demonstrado um crescimento significativo em seus resultados financeiros, à medida que implementa uma estratégia de integração de pagamentos e serviços financeiros visando eficiência.

Entre julho e setembro, o lucro líquido ajustado alcançou R$ 572 milhões, representando um crescimento de 5,6% em relação ao trimestre anterior e um impressionante aumento de 30% em relação ao ano anterior, estabelecendo um novo recorde. As receitas também atingiram R$ 4,831 bilhões, com um crescimento de 6% no trimestre e 20% em 12 meses.

Contudo, não podemos ignorar que, ao longo do último ano, as ações da companhia sofreram uma queda alarmante de 50%, levantando questões sobre a sustentabilidade desse crescimento diante das umbras recentes de reestruturação e demissões em massa. A expectativa do mercado é saber como o PagBank irá navegar por essa fase desafiadora e recuperar a confiança dos investidores.