Pais enganadores: Raspam a cabeça do filho de seis anos e alegam câncer para arrecadar dinheiro na Austrália
2024-12-17
Autor: Gabriel
Michelle Bodzsar e Ben Stephen Miller chocaram o mundo ao serem acusados de negligência criminosa e fraude após rasparem a cabeça e as sobrancelhas do filho de apenas seis anos. O casal australiano fez isso para arrecadar doações para um suposto tratamento contra câncer, conseguindo coletar cerca de 60 mil dólares australianos (aproximadamente R$ 235 mil) em apenas duas semanas, ao publicar fotos do menino em uma cadeira de rodas e usando bandagens para simular efeitos de radioterapia.
A polícia revelou que os pais, ambos com 44 anos, mentiam sobre o diagnóstico da criança, atraindo assim empatia e apoio financeiro da comunidade. John DeCandia, vice-comissário interino, expressou sua indignação: "É abominável que pessoas busquem lucrar com a ganância e egoísmo pessoal em relação a uma condição tão insidiosa como o câncer, que afeta tantas famílias na nossa comunidade".
Até o momento, as autoridades não apenas garantiram a proteção dos filhos do casal, mas também descobriram que a criança afetada acreditava verdadeiramente que tinha câncer. "Nossa investigação confirmou que a criança não está buscando tratamento médico. Acreditamos que essa doença falsa esteja causando danos psicológicos significativos e graves à criança e sua irmã", explicou DeCandia. Ele ainda ressaltou a necessidade de apoio contínuo, considerando que a crença de ter câncer pode ser devastadora para a psique de uma criança.
A prisão dos pais ocorreu em 13 de dezembro, e os menores foram colocados sob os cuidados de um responsável designado, devido a sérias preocupações com a saúde psicológica das crianças envolvidas. A juíza Alison Adair mencionou que havia motivos válidos para acreditar que a mãe poderia interferir na investigação policial.
O que acontece agora?
A magistrada irá reavaliar um pedido de fiança para a mãe no início do próximo ano e determinou que a mesma permanece sob prisão domiciliar, com o retorno ao tribunal marcado para 6 de janeiro. O pai também continua sob custódia, enquanto o caso foi adiado para o dia 20 de dezembro. Essa situação levanta questões profundas sobre a ética da arrecadação de fundos e os limites que alguns pais estão dispostos a ultrapassar em busca de dinheiro, suas ações provocam revolta não só na comunidade, mas potencialmente em todo o país.