Nação

Patrocinadoras do Corinthians, Juventude e outros da Série A são excluídas da lista da Fazenda: o que isso significa?

2024-10-02

Uma nova medida do Ministério do Desenvolvimento Social está prestes a impactar o cenário das apostas no Brasil, especialmente para os times de futebol. O governo Lula lançou um programa para atender pessoas com dependência em jogos, em meio ao crescente aumento no número de apostadores, que atualmente chega a impressionantes 1 bilhão de acessos mensais no país.

Recentemente, a Fazenda divulgou uma lista de casas de apostas que estão autorizadas a operar no Brasil. Apenas 89 empresas conseguiram aprovação, representando um total de 193 marcas. Dentre elas, cinco casas de apostas conseguiram autorização no Paraná e uma no Maranhão. Isso significa que as demais empresas, incluindo diversas que patrocinam os clubes de Série A do Campeonato Brasileiro, não poderão mais oferecer suas plataformas de jogos ao público brasileiro.

Os apostadores precisam ficar atentos: a partir do dia 11 de outubro, todos os sites não autorizados terão suas operações suspensas. O governo orientou que aqueles que têm dinheiro em plataformas ilegais busquem reembolsos antes que seja tarde demais.

Apostas em alta, mas com riscos

As casas de apostas vêm aumentando sua presença no futebol brasileiro, com 15 dos 20 clubes da elite sendo patrocinados por essas empresas. Na Série B, a situação não é diferente: clubes como Sport e Guarani também são apoiados por casas não autorizadas, como a Betvip e a Dafabet, que têm ganhado destaque no cenário esportivo, mas agora podem enfrentar um futuro incerto.

A Esportes da Sorte, um dos principais nomes na área, foi banida de atuar e está sendo investigada por possíveis vínculos com lavagem de dinheiro, envolvendo figuras conhecidas como o cantor Gusttavo Lima e a influenciadora digital Deolane Bezerra. A empresa alega ter cumprido todas as exigências do governo e está buscando corrigir sua situação.

Outras casas, como a VaideBet, estão sob investigação e não aparecem na lista da Fazenda. O BPX Bets Sports Group, proprietário de marcas como ObaBet e BetPix365, também está buscando esclarecimentos sobre sua exclusão, afirmando ter seguido todos os prazos e normas estabelecidas pelo ministério.

A Reals, que patrocina o Coritiba e o Amazonas, manifestou sua preocupação e também procurou o governo para entender as razões de sua exclusão, assegurando que cumpre com todos os requisitos exigidos e aguarda uma resposta.

Impacto no futebol e nos apostadores

A proibição dessas empresas pode ter um efeito dominó nos clubes que dependem desses patrocínios para se manter financeiramente. Muitos times podem enfrentar dificuldades econômicas sem o suporte financeiro das apostas, o que poderia afetar a qualidade do futebol brasileiro como um todo.

As casas de apostas têm se tornado parte essencial do cotidiano dos torcedores, que veem nelas uma forma de interação e emoção com os jogos. No entanto, a falta de regulamentação pode levar a sérios problemas, como a dependência e questões legais, o que faz com que a ação do governo seja vista como um passo necessário para proteger os consumidores.

Com o futuro das apostas em jogo, a comunidade esportiva brasileira aguarda ansiosamente a criação de um ambiente regulado e seguro para todos os envolvidos.