Petrobras: Novo plano de negócios foca no pré-sal e prioriza projetos renováveis
2024-11-22
Autor: Matheus
A Petrobras revelou um ambicioso plano de investimentos que soma US$ 111 bilhões a serem aplicados entre 2025 e 2029. Desse total, impressionantes US$ 98 bilhões estão destinados a projetos já em implementação, enquanto US$ 13 bilhões se referem a iniciativas que ainda estão em avaliação. Essa é a primeira estratégia de negócios sob a liderança de Magda Chambriard, que não incluiu a Margem Equatorial e indicou que a maioria dos projetos de energia renovável está sob análise.
Uma boa notícia para os acionistas: a Petrobras planeja distribuir R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários. Além disso, a companhia aumentou seus investimentos em refino e fertilizantes em 17%, prevendo uma parceria estratégica com a Acelen, do fundo Mubadala.
O novo plano justifica sua abordagem ao afirmar que buscará equilibrar investimentos em petróleo e gás com a diversificação em negócios de baixo carbono. "A companhia focará na reposição de reservas e na produção sustentável, ampliando a oferta de produtos de maior qualidade e sustentáveis em nosso portfólio", destacou a empresa.
Dentro dos projetos em curso, a área de exploração e produção leva a maior parte dos investimentos, totalizando US$ 76 bilhões, seguida pelo setor de refino com US$ 16 bilhões, e US$ 3 bilhões alocados para gás e energias de baixo carbono. A área corporativa também absorve US$ 3 bilhões.
Nos projetos em avaliação, as energias renováveis se destacam, representando US$ 8 bilhões dos US$ 13 bilhões totais. O setor de refino soma US$ 4 bilhões, enquanto exploração e produção representam apenas US$ 1 bilhão. A Petrobras discorreu que esses projetos ainda são oportunidades em estágios iniciais, aguardando mais estudos sobre viabilidade financeira antes de serem implementados.
O plano também abrange iniciativas em geração eólica e solar, além de bioprodutos como etanol, biodiesel e biometano. Investimentos em hidrogênio de baixo carbono, utilizando gás natural como fonte, e projetos para captura, transporte e armazenamento de carbono estão entre as novidades.
Considerando as iniciativas de baixo carbono e os esforços de descarbonização, a Petrobras aumentou em 42% seu investimento em transição energética, alcançando US$ 16,3 bilhões em comparação ao plano anterior.
Na exploração e produção, os investimentos cresceram 5%, com o pré-sal representando 60% do total. O novo plano também visa investir em novos projetos para aumentar a disponibilidade de gás e otimizar a utilização de ativos maduros.
Com um compromisso audacioso, a Petrobras planeja implantar 10 novos sistemas de produção até 2029, além de já ter cinco projetos em andamento que se estenderão além desse ano, com outros seis ainda em fase de estudo.
Em uma estratégia clara, a Petrobras afirmou que buscará parcerias com grandes empresas do setor de energia renovável, visando descarbonizar suas operações e integrar soluções de baixo carbono, aproveitando as oportunidades de mercado no Brasil. Quanto aos bioprodutos, a estatal está em busca de parcerias estratégicas minoritárias ou de controle compartilhado com players relevantes do setor, reforçando sua posição no mercado.