No próximo dia 8 de janeiro, um ato em defesa da democracia está sendo organizado pelo governo Lula, em um sinal claro de repúdio aos atos de violência que marcaram a invasão das sedes dos Três Poderes em 2023. Por sua vez, o PL (Partido Liberal), partido de Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro, optou por manter um silêncio estratégico, afirmando que não realizará qualquer tipo de manifestação em apoio à anistia dos presos envolvidos nessa crise.

De acordo com a revista Veja, o PL se encontra sob investigação pela Polícia Federal, ligada a um inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado, que teria sido orchestrada por Jair Bolsonaro e seus aliados. A ausência de atividade política em apoio ao tema denota a relevância das investigações e a cautela do partido, que enfrenta sérios indícios de envolvimento de seus membros nos eventos que ameaçaram a democracia brasileira. O deputado federal Altineu Côrtes, líder do PL na Câmara, confirmou: "Não tem nada programado".

A invasão, ocorrida no dia 8 de janeiro de 2023, representa um marco importante nas investigações que se seguiram, afetando figuras proeminentes do bolsonarismo, entre elas Jair Bolsonaro, o general Walter Braga Netto e Valdemar Costa Neto. Em novembro de 2024, novos indiciamentos foram feitos, sugerindo que esses indivíduos possam ter participado ativamente de uma tentativa de golpe contra a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Enquanto isso, o governo Lula se mobiliza para o evento do dia 8 de janeiro, que contará com a presença dos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Apesar de ambos estarem em processo de transição, a cerimônia é uma oportunidade para Lula consolidar relacionamentos com a próxima liderança do Congresso, já que os deputados Hugo Motta (Republicanos-PB) e David Alcolumbre (PSD-AP) são vistos como favoritos para substituí-los.

No ano anterior, um evento similar foi realizado, mas com a notável ausência de Arthur Lira. A decisão de convidar Motta e Alcolumbre mostra a estratégia de Lula de fortalecer sua base de apoio e garantir a governabilidade nos anos seguintes. A expectativa é alta quanto às ações políticas que emergirão após o ato, especialmente em um cenário tão polarizado onde a defesa da democracia se torna cada vez mais crucial.