O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Márcio Pochmann, emitiu uma forte defesa da instituição após os recentes ataques de Jair Bolsonaro (PL) à sua credibilidade. Os comentários de Bolsonaro vieram a público logo após o IBGE anunciar a menor taxa de desemprego já registrada no Brasil, que foi de 6,1% no trimestre encerrado em novembro. O ex-presidente chamou os dados de "mentira" e questionou a inclusão de benefícios sociais na contagem das taxas de emprego, mas não apresentou evidências para suas acusações.

"A democracia morre na escuridão sem estatísticas oficiais. O ataque a esses dados só beneficia uma minoria que trabalha para deslegitimar a democracia em nosso país", afirmou Pochmann em um tweet que ressaltava a relevância das estatísticas para a manutenção da ordem democrática. Ele também fez referência a um documento da Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa de 2024, que discute a relação entre democracia e desempenho estatístico.

Além disso, o IBGE é reconhecido mundialmente por seguir os princípios das estatísticas oficiais estabelecidos pela ONU, essenciais para qualquer sociedade democrática. Em tempos de transparência e informação, a confiança nos dados é fundamental. Países que mantêm dados estatísticos confiáveis tendem a ter maior desenvolvimento e estabilidade social. Portanto, atacar instituições como o IBGE não é apenas uma questão política, mas um grave ataque aos alicerces da nossa democracia.