Os preços dos contratos futuros de petróleo sofreram uma queda acentuada nesta terça-feira (8), após várias semanas de alta. O WTI e o Brent chegaram a recuar mais de 2% logo no início das negociações, embora a queda tenha diminuído ao longo da manhã. O clima de conflito no Oriente Médio, que fez o Brent atingir a marca de US$ 80 ontem, se intensifica, levantando questões sobre o futuro da commodity.

Especialistas entrevistados pela CNBC apontam para dois fatores principais que influenciam essa oscilação dos preços. A escalada do conflito, iniciada após um ataque de mísseis do Irã em 1º de outubro, gerou preocupações sobre uma possível retaliação de Israel, que poderia visar a infraestrutura de petróleo iraniana. Esse evento deu início a um rali significativo nos preços do petróleo, resultando em ganhos semanais expressivos, os maiores em mais de um ano.

No entanto, vários analistas já estão se afastando da ideia de um ataque iminente à infraestrutura petrolífera. Se essa percepção se consolidar, os preços do petróleo poderiam cair ainda mais. A movimentação do mercado está, portanto, refém tanto da geopolítica quanto das expectativas de oferta.

Além disso, a capacidade de fornecimento excedente da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) está atuando como uma barreira contra uma alta ainda maior nos preços. A OPEP+ discute a possibilidade de suspender cortes voluntários de produção, o que poderia resultar em um excesso de 7 milhões de barris no mercado, segundo análises do ANZ Bank.

Simultaneamente, os Estados Unidos também enfrentam pressões que afetam o mercado. O furacão Milton pode impactar as operações de petróleo e gás na região do Golfo do México. Esta semana, os dados sobre os estoques de petróleo bruto nos EUA serão divulgados, e a expectativa é que mostrem um aumento de 1,9 milhão de barris. Os números serão apresentados esta noite pelo Instituto Americano de Petróleo, com a contagem oficial a ser liberada na quarta-feira, às 14h30, pela Administração de Informação de Energia dos EUA.

Além disso, o aumento da capacidade de produção nos Estados Unidos e a busca por alternativas de energia podem influenciar ainda mais o comportamento dos preços no futuro. Fique ligado, pois as próximas semanas podem trazer grandes reviravoltas no mercado global de petróleo!