Nação

Prefeitos Tomam Posse e Enfrentam Desafios Urgentes na Luta Contra a Crise Climática

2025-01-01

Autor: Gabriel

A crise climática se torna mais evidente com a posse dos novos prefeitos no Brasil, que precisaram enfrentar uma realidade alarmante: a vulnerabilidade social das populações em áreas de risco. Muitas dessas pessoas vivem em assentamentos informais em encostas e regiões propensas a desastres naturais, que frequentemente são afetadas por enchentes, secas e queimadas.

O ano de 2024 já trouxe à tona desastres como enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul, uma seca histórica na Amazônia, e queimadas que atingem o Norte, o Centro-Oeste e o Sudeste do país. Apesar da gravidade dos impactos ambientais, muitos cidadãos só se mobilizam quando a catástrofe está batendo à porta de suas próprias casas.

Rodrigo Perpétuo, secretário-executivo do ICLEI, enfatiza a necessidade de uma abordagem proativa em relação às políticas ambientais. "As cidades precisam se modernizar e reconsiderar o uso do solo. É fundamental estabelecer regulamentações que restrinjam a ocupação em áreas de risco, como margens de rios e litorais", afirma.

As decisões dos prefeitos e vereadores vão além do licenciamento ambiental; elas impactam diretamente a qualidade de vida das populações. A criação e manutenção de parques urbanos, por exemplo, são essenciais para a absorção da água da chuva, enquanto um sistema de transporte sustentável pode reduzir significativamente a poluição urbana.

Suely Araújo, coordenadora de políticas públicas do Observatório do Clima e ex-presidente do Ibama, alerta para o problema da impermeabilização das cidades: "O asfalto impede que a água da chuva infiltre no solo e, consequentemente, provoca inundações. Precisamos repensar o planejamento urbano para evitar esses desastres recorrentes.".

Com a posse dos novos gestores municipais, surge a oportunidade de implementar mudanças significativas que façam frente à crise climática. Eles têm a responsabilidade de integrar as questões ambientais nas pautas de habitação, saneamento básico e transporte. O futuro das cidades e, acima de tudo, das comunidades vulneráveis, depende das ações que serão tomadas a partir de agora.