A gestão da Prefeitura de São Paulo está se mobilizando contra a Enel, acusando a distribuidora de energia de não cumprir com as obrigações do Plano Anual de Podas de 2023. Segundo a administração municipal, a Enel deveria ter realizado a poda de galhos em mais de 225 mil árvores na capital, sem precisar de autorização municipal.

A petição destaca a "inércia" da Enel na implementação de um plano de contingência adequado para enfrentar os desafios das árvores em contato com a rede elétrica. A gestão do prefeito Ricardo Nunes enfatiza que a empresa não considera o cenário singular de São Paulo, que possui um grande número de árvores nas ruas e enfrenta períodos de intempéries climáticas, especialmente entre outubro e março.

Em uma ação que intensifica a pressão sobre a Enel, foi incluída uma imagem de drone mostrando diversos carros da empresa parados em um pátio em um domingo, enquanto aproximadamente 760 mil imóveis continuavam sem energia. A fotografia, obtida pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana, revela a gravidade da situação, levantando questões sobre a eficiência da concessionária.

Após quase um ano desde a abertura da demanda, a Enel tem demonstrado seus problemas persistentes em atender a cidade adequadamente. Apesar de sinais iniciais de negociações e promessas de melhorias, os últimos eventos indicam que a companhia não está implementando ações concretas para resolver a deficiência no fornecimento de energia elétrica, colocando a população em risco.

A pressão legal também se intensifica, com a petição assinada por procuradores do município, que sublinham a falta de responsabilidade da Enel em garantir um serviço de qualidade. Segundo um levantamento de processos judiciais, a Enel acumula condenações por danos materiais e morais decorrentes de apagões frequentes.

Recentemente, a juíza Elisa Leonesi Maluf ordenou que a Enel pagasse R$ 13,8 mil a uma pizzaria afetada por uma falta de energia prolongada. Em outra condenação, a empresa foi obrigada a indenizar um restaurante que perdeu seus produtos em virtude de uma interrupção de quatro dias.

Com um histórico de condenações e insatisfação popular crescente, a Enel precisará agir rapidamente para reverter a má imagem e melhorar o seu serviço, ou enfrentará mais ações legais e uma deterioração ainda maior da relação com a população de São Paulo. A situação se torna mais crítica, e a pressão sobre a empresa só tende a aumentar. Agora, mais do que nunca, os consumidores devem ficar atentos e exigir seus direitos!