Prefeitura de SP Processa a Enel para Religação de Energia com Multa Diário de R$ 200 Mil
2024-10-15
Autor: João
Prefeitura de SP aciona Justiça contra Enel
A Prefeitura de São Paulo tomou uma medida drástica ao acionar a Justiça contra a concessionária Enel, exigindo que a energia seja religada imediatamente em diversos pontos da cidade. A ação, protocolada na 2ª Vara de Fazenda Pública, estabelece uma multa diária de R$ 200 mil caso a empresa não cumpra essa determinação.
Crise de energia em São Paulo
A crise de energia em São Paulo é resultado de um forte temporal que atingiu o estado na última sexta-feira (11), que levou à interrupção do fornecimento elétrico para cerca de 220 mil imóveis, conforme dados da própria Enel. A situação tem causado grande apreensão entre os moradores, que enfrentam o quarto dia de apagão, principalmente na região da Avenida Paulista.
Exigências da Prefeitura
De acordo com o pedido da Prefeitura, a Enel deve informar, em até 24 horas, detalhes sobre o tempo necessário para restaurar a energia em cada local e quantas equipes foram mobilizadas para resolver a situação. A administração municipal critica a inércia da empresa em fornecer um plano de contingência adequado para os problemas enfrentados por São Paulo, alegando que já havia tentado negociar soluções sem sucesso.
Reunião emergencial
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, convocou uma reunião emergencial para discutir as ações necessárias na área metropolitana e avaliar como o problema está sendo conduzido. A reunião conta com a presença dos prefeitos da região, mas, curiosamente, não terá representantes da Enel.
Força-tarefa de outras concessionárias
Enquanto isso, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que outras concessionárias de energia se unirão em uma força-tarefa para ajudar a restabelecer o fornecimento. As empresas mobilizarão 2.900 profissionais e mais de 200 caminhões para tentar amenizar os impactos da queda de energia.
Críticas à postura da Enel
Em uma coletiva de imprensa, Silveira criticou a postura da Enel e sua falta de comunicação clara com a população. O presidente da Enel, Guilherme Lencastre, defendeu-se afirmando que a companhia disponibilizou geradores para hospitais e está utilizando helicópteros para identificar locais danificados.
Impactos em serviços essenciais
Adicionalmente, o impacto do apagão também se faz sentir em serviços essenciais, como o abastecimento de água, que foi severamente comprometido em várias cidades. A SABESP informou que, apesar de já ter normalizado o abastecimento em grande parte das áreas afetadas, os moradores devem usar a água de forma consciente para evitar sobrecarga no sistema.
Consequências trágicas do evento meteorológico
Vale lembrar que o evento meteorológico deixou um saldo trágico, com sete mortes registradas na região, resultado de quedas de árvores e muros. As autoridades continuam monitorando a situação de perto enquanto os moradores aguardam a ansiada volta da energia elétrica e a normalização dos serviços.