A Secretaria Municipal de Saúde esclareceu os motivos pelos quais decidiu não utilizar o "fumacê" na luta contra a dengue. A decisão foi respaldada por especialistas da área de saúde, incluindo pesquisadores da FIOCRUZ e médicos infectologistas, que apontam a técnica como de baixa eficácia no controle da doença.

Os especialistas alertam que a eficácia do fumacê é temporária, com o efeito do inseticida durando apenas 30 minutos. Isso significa que ele só atinge os mosquitos adultos que estão voando no momento da aplicação, deixando de lado as larvas e os criadouros, que são fundamentais para a reprodução do Aedes aegypti, o vetor da dengue.

Além disso, a persistente utilização do fumacê pode expor a população a riscos de intoxicação. Com o contato recorrente, existe uma preocupação crescente sobre a associação entre o uso de inseticidas e problemas de saúde mais graves, incluindo o potencial desenvolvimento de câncer. Outra questão relevante é o impacto ambiental. A aplicação do fumacê pode ter efeitos devastadores sobre a fauna local, atingindo abelhas, borboletas, grilos, libélulas e até mesmo aves.

Por conta desses fatores, a administração municipal enfatiza que a maneira mais eficiente de combater a dengue é por meio da eliminação dos focos do Aedes aegypti. Medidas de prevenção, como o controle ativo dos criadouros, são urgentes e necessárias para interromper o ciclo de vida do mosquito e reduzir assim a propagação da doença na cidade.

Além do combate direto ao mosquito, a população é incentivada a participar ativamente do processo, conferindo os locais onde possam existir águas paradas e potencialmente perigosas, e denunciando situações que contribuam para a proliferação do mosquito. Com ações conjuntas, é possível manter a cidade livre da dengue e garantir a saúde da comunidade.