A mina Turmalina, localizada em Conceição do Pará, na região Centro-Oeste de Minas Gerais, enfrenta a crescente ameaça de novos deslizamentos de terra, deixando moradores e autoridades em estado de alerta. Após um recente colapso de uma pilha de rejeitos que soterrou cinco casas e interditou mais de 100 residências na comunidade de Casquilho, a segurança das estruturas está sendo meticulosamente monitorada.

O capitão Thales Gustavo de Oliveira Costa, do Corpo de Bombeiros, informou que entre o último domingo (8/12) e esta segunda-feira (9/12) não houve evolução perceptível do deslizamento. Contudo, a possibilidade de novos movimentos de terra não pode ser ignorada. "É fundamental que permaneçamos vigilantes, pois a situação ainda é crítica", explicou em entrevista ao Estado de Minas.

A chegada das chuvas, prevista para amanhã (10/12), intensifica as preocupações. "As precipitações podem acelerar o deslocamento dos rejeitos, por isso intensificamos nossas ações para garantir a segurança da população", reforçou o capitão. Em uma medida preventiva, o Corpo de Bombeiros também realiza a remoção de combustíveis armazenados em um posto da comunidade para evitar riscos adicionais. Apesar da gravidade do evento, até o momento, não foram registradas vítimas ou feridos.

A situação forçou a evacuação de 134 pessoas, que saíram de suas casas apressadamente, levando apenas o essencial. Equipes do Corpo de Bombeiros agora organizam entradas controladas na área isolada para que os moradores possam recuperar itens pessoais. Enquanto alguns desabrigados estão alojados em hotéis nas cidades vizinhas de Pitangui, Nova Serrana e Pará de Minas, outros optaram por situar-se na casa de amigos e familiares. A Defesa Civil ainda não possui um número exato de pessoas desalojadas.

Adicionalmente, a comunidade permanece interditada em função dos riscos de novos deslizamentos. Vídeos e imagens aéreas, capturadas por cinegrafistas locais e compartilhadas amplamente, exibem a devastação causada na região: ruas cobertas por rejeitos e casas completamente destruídas. Os registros indicam uma evidente movimentação de terra nas imediações das residências.

Para lidar com os riscos e tentar evitar futuros desastres, a mineradora canadense Jaguar, responsável pela mina, está erguendo barreiras de contenção. O monitoramento constante combina tecnologias avançadas, como radares, com imagens de drones operados pelos bombeiros, numa tentativa de prever novos deslizamentos. "Estamos utilizando as imagens capturadas para acompanhar a evolução do deslizamento, buscando entender melhor a dinâmica do que ocorreu", enfatizou o capitão dos bombeiros.

Ainda não há previsão concreta para o retorno dos moradores às suas casas, nem garantias de que poderão ocupar as residências novamente. O capitão pediu que a população priorize a segurança e aguarde orientações oficiais, sublinhando a importância de não arriscar suas vidas. Já imaginou perder tudo em um instante? Acompanhe o desenrolar dessa história e fique atento às recomendações das autoridades!