Prepare-se: Reajustes dos Planos de Saúde em 2025 Podem Surpreender!
2024-12-20
Autor: Mariana
As expectativas para os reajustes dos planos de saúde individuais em 2025 estão causando alvoroço no setor. Os bancos Bradesco BBI, Citi e BTG Pactual anunciaram suas previsões, que variam de 5,6% a 6,8%. Esses números são fundamentados em dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e nas tendências econômicas recentes até o terceiro trimestre. O cálculo também leva em consideração o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de novembro, sinalizando uma preocupação crescente com os custos médicos e a sustentabilidade dos planos.
O Bradesco BBI lidera as estimativas com uma previsão de reajuste de 6,8%, alinhando-se ao índice aplicado em 2024, que foi de 6,91%. O Citi projeta uma alta de 6,5%, enquanto o BTG Pactual considera um aumento mais moderado de 5,6%. É interessante notar que todas essas previsões são inferiores ao ano anterior, onde o reajuste autorizado pela ANS para 2024 foi de 6,91%. Em anos anteriores, os aumentos foram ainda mais acentuados, com 9,63% em 2023 e impressionantes 15,5% em 2022, refletindo uma pressão inflacionária significativa e o aumento constante dos custos no setor de saúde.
Os impactos desse ajuste podem ser profundos. Analistas do Bradesco, Mário Osako e Valéria Parini, alertam que um reajuste de 6,8% pode prejudicar as operadoras, como a Hapvida, que depende de 24% de sua receita de planos individuais. Esse cenário pode complicar a redução da sinistralidade — que mede os custos em função do uso do plano — especialmente num contexto de aumento dos custos médicos.
Dados alarmantes também surgem da análise do BTG, que revela que a inflação em internações e emergências nos últimos 12 meses alcançou 6,69%, com parques urbanos como São Paulo, Recife e Belo Horizonte liderando os aumentos. As consultas médicas subiram 6,67% e os exames de imagem tiveram um acréscimo de 5,19%.
Atualmente, a ANS determina o teto de reajuste anual utilizando o IVDA (Índice de Valor das Despesas Assistenciais) e o IPCA. O IVDA, que representa 80% do reajuste, avalia as oscilações nos gastos dos usuários com serviços de saúde, enquanto os 20% restantes são influenciados pelo IPCA, o índice oficial da inflação do Brasil. Este sistema garante que os reajustes reflitam não apenas os custos do setor, mas também o contexto econômico mais amplo.
Fique atento, pois essas mudanças podem impactar diretamente seu bolso! É fundamental que os consumidores acompanhem as próximas atualizações e se informem sobre os reajustes para planejar melhor seus gastos com saúde.