Nação

Prisão de Engenheiro Revela Novo Esquema de Adulteração de Leite: O Que Você Precisa Saber!

2024-12-11

Autor: Gabriel

Após mais de 11 anos desde a primeira fase da polêmica Operação Leite Compen$ado, o Ministério Público do Rio Grande do Sul retornou à cena do crime, desmantelando mais um esquema de fraude envolvendo a adulteração do leite com produtos químicos perigosos como soda cáustica e água oxigenada.

A 13ª fase da operação foi realizada na manhã desta quarta-feira (11) em Taquara, no Vale do Paranhana, resultando na prisão de cinco pessoas. Entre as prisões, destaca-se a de uma funcionária da empresa, que foi flagrada alertando outros empregados sobre a operação e instruindo a ocultar provas materiais.

O diretor da fábrica também foi detido na ação. Ele já possuía um mandado de prisão em aberto e ainda foi encontrado em posse de uma arma com a numeração raspada, o que agrava sua situação legal.

Os mandados de prisão foram cumpridos contra diversos membros da equipe, incluindo: - Antonio Ricardo Colombo Sader, sócio-proprietário - Tales Bardo Laurindo, diretor - Gustavo Lauck, supervisor - Sérgio Alberto Seewald, engenheiro químico, conhecido pela sua atuação em fraudes passadas.

As investigações se estenderam além de Taquara, alcançando também as cidades de Parobé, Três Coroas, Imbé e até mesmo São Paulo. A última operação do tipo no Rio Grande do Sul havia sido registrada em 2017, mostrando a gravidade da reincidência neste crime.

Durante a ação, os investigadores invadiram a sede da Dielat Laticínios, onde foram feitas prisões e apreensões de evidências. Curiosamente, a operação ocorreu no momento da troca de turno dos funcionários, indicando que a adulteração estava em curso naquele instante.

Os fiscais do MP identificaram uma variedade de produtos, incluindo leite em pó e soro, que estavam sendo adulterados, colocando em risco a saúde pública ao serem misturados com substâncias nocivas.

Um ponto alarmante é que essas práticas criminosas não são novas. O engenheiro químico, apelidado de 'Alquimista' por sua expertise em manipulações perigosas, já havia sido absolvido em 2005 por crimes semelhantes. Sua presença na fábrica de Taquara, apesar de estar legalmente impedido de atuar no ramo, demonstra uma audaciosa recuperação do crime.

Os promotores de Justiça, Mauro Rockenbach e Alcindo Bastos, alertaram que os produtos contaminados estavam sendo distribuídos amplamente para todo o estado, alcançando até mercados internacionais como a Venezuela. A Dielat, por sua vez, havia conquistado contratos para fornecer laticínios a escolas em São Paulo, evidenciando a seriedade do problema.

Finalmente, a defesa de Sérgio Alberto Seewald afirma que ele não está associado formalmente à Dielat, o que promete ser uma batalha judicial acirrada nos próximos dias. O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) também manifestou seu rechaço a essas fraudes, pedindo rigor nas investigações e punições severas aos responsáveis.

Este escândalo não apenas compromete a saúde dos consumidores, mas também mancha a reputação de uma indústria que tem trabalhado arduamente para melhorar seus padrões de qualidade. Como consumidores, devemos permanecer vigilantes e exigir transparência das empresas que nos fornecem alimentos cotidianos.