Neste sábado (29), centenas de protestos estão programados para acontecer em frente a salas de exposição da Tesla, empresa do bilionário Elon Musk, ao redor do planeta. Os manifestantes, organizados sob a campanha chamada Dia de Ação Global de Derrubada da Tesla (Tesla Takedown), buscam expressar sua oposição ao papel de Musk na administração de Donald Trump, especialmente em sua atuação à frente do Departamento de Eficiência Governamental (Doge) dos Estados Unidos.

As críticas estão ligadas ao histórico de Musk e Trump em promover cortes orçamentários severos e demissões em massa, que já resultaram na eliminação de milhares de postos de trabalho no governo e no fechamento de agências como a USAid. Os organizadores esperam que mais de 200 locais da Tesla sejam alvo dos protestos, com destaque para 50 locais na Califórnia, EUA.

Além dos Estados Unidos, outros países como Austrália, Alemanha e Finlândia confirmaram a realização de protestos relacionados ao evento. Ao todo, 32 países farão marchas contra as ações de Musk, que se tornaram um foco de resistência desde que ele se uniu a Trump no início do ano.

Vickie Mueller, uma das organizadoras na Califórnia, expressou sua indignação dizendo: “Ninguém votou para isso e ninguém votou em Elon. Ele é um superbilionário não eleito e está causando danos significativos à nossa democracia.” O movimento Tesla Takedown se descreve como uma iniciativa descentralizada que visa protestar contra as ações da Tesla enquanto Musk continuar a desmantelar serviços públicos essenciais.

A organizadora destacou a urgência da situação ao afirmar: “Musk está destruindo tudo o que é precioso para nós, como a seguridade social, o Medicare e nossos parques nacionais. Estamos aqui para agir.”

O grupo pede três ações concretas ao público: não comprar veículos Tesla, vender suas ações da empresa e participar dos protestos. “Vamos enviar uma mensagem clara a esses magnatas tecnológicos que estão colocando nossos direitos em risco”, alertou Mueller.

Na plataforma social X (antigo Twitter), Musk defendeu suas atividades como uma contribuição para melhorar a eficiência do governo. No entanto, a realidade parece ser outra: cortes brutais de funcionários públicos estão colocando em risco serviços essenciais ao cidadão, especialmente nos setores de Educação, Saúde Pública e Segurança Social.

Os protestos deste sábado representam um marco na crescente resistência contra o que muitos veem como um ataque aos direitos e serviços públicos promovido por figuras do setor privado, e promete agitar a discussão pública acerca do papel de magnatas como Elon Musk na política e na sociedade.