O presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez uma declaração impactante nesta sexta-feira (22/11), anunciando a produção em série do misíl supersônico conhecido como "Oreshnik". Este armamento foi usado pela primeira vez em um ataque à cidade ucraniana de Dnipro, como resposta aos bombardeios ucranianos com miséis feitos com tecnologia ocidental. O Oreshnik, que não carrega carga nuclear, atingiu uma fábrica de miséis na região centro-leste da Ucrânia.

O Oreshnik se destaca por seu alcance impressionante, que varia de 3.000 a 5.500 km, além de ser equipado com manobras aéreas que dificultam sua interceptação. Embora ainda esteja em fase experimental, Putin não hesitou em afirmar que seu uso poderá ser intensificado, interagindo diretamente com o cenário de segurança e as novas ameaças enfrentadas pela Rússia. "Continuaremos com os testes, inclusive em condições de combate, dependendo da situação e das ameaças à segurança da Rússia", declarou o presidente.

Em um vídeo que foi compartilhado no perfil de X do ex-presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, o Oreshnik é visto em ação, tocando os céus com suas manobras iluminadas antes de devastar o território da Ucrânia.

A declaração de Putin sobre a importância do Oreshnik para a defesa russa levanta questões sérias sobre a militarização na região. Ele garantiu que a Rússia possui um arsenal pronto para uso e se vangloriou de que nenhum outro país possui tecnologia semelhante.

O Oreshnik pode não ser classificado como um misíl de longo alcance, mas se lançado do extremo leste da Rússia, poderia representar um risco significativo para a costa oeste dos Estados Unidos. Esse desenvolvimento ocorre em um momento delicado, considerando que, durante a Guerra Fria, EUA e Rússia assinaram um tratado que proibiu miséis de alcance intermediário. Contudo, a retirada dos EUA desse acordo em 2019, sob a presidência de Donald Trump, abriu caminho para uma nova corrida armamentista. Agora, os olhos do mundo estão voltados para o que essa produção em série pode significar para a estabilidade global.

As consequências dessa decisão de Putin podem ser profundas, afetando a segurança europeia e as relações diplomáticas entre potências globais. O que acontecerá a seguir nesta escalada de tensões? Fique atento!