Queda de Assad marca um 'dia histórico', afirma Netanyahu
2024-12-08
Autor: Matheus
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que a queda do regime de Bashar al-Assad na Síria, ocorrida neste domingo (8 de dezembro de 2024), constitui um 'dia histórico' para a região.
Netanyahu afirmou que o enfraquecimento do Irã, aliado do antigo governo sírio, foi crucial para este momento. Ele destacou: 'É o resultado direto dos golpes que infligimos ao Irã e ao Hezbollah, que eram os principais apoiadores de Assad'. Segundo o premiê, essa mudança desencadeou uma reação em cadeia no Oriente Médio, fortalecendo aqueles que lutam pela liberdade contra regimes opressores.
'Esse movimento cria uma onda de pessoas desejando se libertar do regime tirânico de Assad. Ele era um elo central do eixo do mal do Irã', afirmou Netanyahu, ressaltando a importância desse desenvolvimento.
ISRAEL E O CONTEXTO GEOPOLÍTICO
Embora celebre a queda de Assad, Netanyahu alertou que o atual contexto na região está 'repleto de perigos significativos'. Neste mesmo dia, ele ordenou que as Forças de Defesa de Israel (IDF) ocupassem uma zona desmilitarizada nas Colinas de Golã, notícia que causou preocupação entre analistas internacionais.
As Colinas de Golã, uma área estratégica situada no nordeste da Síria, está localizada a cerca de 60 quilômetros da capital Damasco. Netanyahu alegou que o acordo de 1974, que previa a desmilitarização da região, não é mais válido após a retirada das forças sírias.
Ele enfatizou que as IDF não interferirão nos assuntos internos da Síria, mas continuarão a operar onde necessário para proteger a zona-tampão, área controlada por forças de paz da ONU que divide Israel de seus vizinhos.
Esse cenário gera um clima de incerteza no Oriente Médio, com especialistas questionando quais serão os próximos passos da comunidade internacional frente às novas realidades políticas. A queda de Assad poderá resultar em um novo mapa geopolítico, e analistas já apontam a ascensão de novos grupos de poder que poderiam desafiar não só o Irã, mas também Israel e seus aliados.