Saúde

Quem vive mais: quem reduz calorias ou quem faz jejum intermitente? Estudo revela segredos das dietas

2024-10-14

Autor: Carolina

Você sabia que a velocidade com que você come pode impactar diretamente na quantidade de calorias que você ingere? Um novo estudo publicado na revista científica "Nature" trouxe à tona uma discussão acalorada: a relação entre a ingestão calórica e a longevidade. Essa pesquisa foi conduzida pelo Laboratório Jackson, nos Estados Unidos, e analisou quase mil ratos geneticamente diversificados.

O estudo revelou que, embora a restrição calórica tenha prolongado a vida dos roedores, os efeitos na saúde variaram. Isso nos leva a uma importante distinção entre expectativa de vida e saúde ao envelhecer — dois conceitos que andam de mãos dadas, mas não são sinônimos.

Reduzir calorias pode ser crucial para uma vida mais longa?

Foram submetidos 960 ratos a cinco diferentes dietas. Os grupos foram divididos em: 1. Um grupo com dieta normal e consumo ilimitado. 2. Um segundo grupo com ingestão calórica reduzida em cerca de 20%. 3. Um terceiro grupo que consumiu 40% menos calorias. 4. Dois grupos que adotaram o jejum intermitente: um jejuando um dia por semana e outro jejuando por dois dias consecutivos.

Os autores do estudo, liderados pelo pesquisador Alison Luciano, compilaram dados de aproximadamente 200 exames médicos dos ratos ao longo de suas vidas. O que os cientistas encontraram foi que uma dieta reduzida aumentou significativamente a expectativa de vida dos roedores, com maior eficiência nas que reduziram 40% das calorias. Contudo, foi a restrição calórica que impactou de forma mais significativa na taxa de envelhecimento dos animais.

Um dado curioso é que a margem de ganho na expectativa de vida foi consistente entre ratos mais leves e mais pesados. Entretanto, aqueles que já apresentavam sobrepeso antes da intervenção não mostraram melhorias significativas ao adotar o jejum intermitente.

O papel da genética na longevidade

Resultados inesperados surgiram na pesquisa. Por exemplo, os ratos que viveram mais tempo nas dietas de restrição alimentar foram os que menos perderam peso, mesmo consumindo menos. Por outro lado, os que emagreceram mais apresentaram uma maior perda de energia, comprometendo seus sistemas imunológico e reprodutivo, e consequente redução na expectativa de vida.

Gary Churchill, um dos autores do estudo, ressaltou a importância dos fatores genéticos nesse processo, afirmando que "os animais que mantém seus níveis de gordura e glicose mais altos tendem a viver mais". Ele enfatiza que a dieta pode revelar muito sobre a natureza do animal em questão.

Durante quase um século, estudos em laboratório demonstraram que animais que consomem menos calorias geralmente vivem mais. Contudo, os cientistas ainda não compreenderam completamente o mecanismo por trás desse fenômeno e como aplicá-lo eficazmente nos seres humanos.

Cuidado com o jejum intermitente!

É fundamental que práticas como o jejum intermitente sejam realizadas com acompanhamento médico e nutricional. Sem a orientação adequada, os riscos podem superarem os benefícios, levando a problemas de saúde indesejados.

Assim, se você deseja aumentar sua expectativa de vida e melhorar sua saúde, considere discutir com profissionais sobre as melhores abordagens dietéticas e a importância de um estilo de vida equilibrado.