O rabino Zvi Kogan, de 28 anos, que estava desaparecido desde a última quinta-feira (21), foi tragicamente encontrado morto nos Emirados Árabes Unidos. Uma declaração conjunta do gabinete do primeiro-ministro e do Ministério das Relações Exteriores de Israel confirmaram a triste notícia.

O que se sabe até agora é que o corpo de Kogan foi localizado em um veículo aparentando estar abandonado. Ele foi encontrado na cidade de Al Ain, a aproximadamente 150 km de Abu Dhabi, a capital dos Emirados Árabes. Segundo informações do site Ynetnews, o interior do carro mostrava sinais de violência e luta.

Suspeitas apontam que o crime pode ter sido cometido por cidadãos do Uzbequistão que teriam ligações com o Irã. Relatos indicam que após agredirem o rabino, os agressores conseguiram fugir para a Turquia, levantando questões alarmantes sobre o terrorismo e a segurança na região.

Israel tratou o assassinato como um "ato antissemita de terror". O governo israelense afirmou que tomará "todas as medidas necessárias" para que os responsáveis por essa atrocidade sejam levados à Justiça. O presidente de Israel, Isaac Herzog, expressou sua indignação ao afirmar que este ataque é um lembrete da desumanidade enfrentada pelo povo judeu. Em sua postagem nas redes sociais, ele garantiu que o ocorrido não impedirá o desenvolvimento de comunidades prósperas nos Emirados Árabes.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, em profundo choque, também lamentou a perda e reiterou que esse ato reforçará as relações entre Israel e os Emirados Árabes em busca de estabilidade na região. Ele declarou que fortalecerão os laços em meio às tentativas de desestabilização por parte do que chamou de "eixo do mal".

Zvi Kogan era um emissário do movimento Chabad em Abu Dhabi, e seu trabalho foi fundamental para a implementação da vida judaica na região, tendo contribuído para a fundação do primeiro centro educacional judaico no Golfo. Ele deixa a esposa, Rivky, com quem se casou em 2022. A morte do rabino Kogan não apenas marca uma tragédia pessoal, mas também acende um alerta sobre a crescente violência contra minorias em várias partes do mundo, um tema que não pode ser ignorado à medida que as tensões geopolíticas aumentam.