Entretenimento

Rafa Kalimann defende seu papel no desfile da Imperatriz Leopoldinense: "É uma honra contar a saga de Oxalá ao reino de Oió para visitar Xangô"

2024-12-02

Autor: Pedro

SÃO PAULO

A influenciadora e ex-BBB Rafa Kalimann gerou polêmica durante um desfile de Carnaval na última semana, enfrentando críticas nas redes sociais. Os internautas notaram que a artista não cantou partes do samba-enredo da Imperatriz Leopoldinense que mencionam Exu, uma figura central nas religiões de matriz africana. Diante da repercussão, Kalimann se manifestou, defendendo-se ao afirmar ser mais uma vez alvo de ataques e suposições por conta de um pequeno trecho.

"Sou cristã, e minha fé me ensina diariamente sobre a importância de coexistir com diversas religiões. É uma honra poder desfilar na Imperatriz Leopoldinense e, juntamente com ela, contar a saga de Oxalá ao reino de Oió, uma jornada linda que transmite valores profundos e essenciais para a nossa sociedade". Essa declaração foi divulgada por meio de sua assessoria de imprensa ao portal F5.

A atriz enfatizou que sua arte está a serviço de todas as histórias que precisam ser contadas e ressaltou a importância de respeitar as diferenças. "Espero de coração que possamos aprender a valorizar a diversidade e enxergar no outro uma oportunidade de diálogo e entendimento, em vez de julgamento." Essa atitude reflete um desejo crescente de promover o respeito entre as diversas tradições culturais e religiosas do Brasil.

A Imperatriz Leopoldinense apresentou um enredo emocionante intitulado "Ómi Tútú ao Olúfon - Água fresca para o senhor de Ifón", que será exibido no Carnaval de 2025. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra trechos do samba que referenciam Exu, como "Ofereça pra Exu… um ebó pra proteger / Penitência de Exu, não se deixa arrefecer".

Embora o nome de Exu não tenha sido pronunciado durante os 30 segundos do vídeo, muitas pessoas estão pedindo mais atenção a esses temas durante as festividades. Kalimann, reconhecida como musa da Imperatriz, já havia compartilhado anteriormente sua preocupação com palavras de conotação negativa. Ela recordou que evitava a palavra "desgraça" por causa de suas crenças pessoais, demonstrando sua sensibilidade em relação ao impacto das palavras e à representação cultural.

Essa situação traz à tona discussões sobre a importância do respeito e da sensibilidade cultural no Carnaval, uma festa que é, por excelência, uma celebração da diversidade e da herança cultural brasileira.