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Repórter da Globo sofre ataque de bolsonarista antes de entrar ao vivo

2024-10-01

Autor: Maria

Em um incidente alarmante, a repórter Paula Araújo, da Globo em São Paulo, foi agredida por uma mulher se identificando como bolsonarista nesta segunda-feira (30). O ataque ocorreu em frente ao prédio da emissora, localizado no bairro de Vila Cordeiro, às vésperas da sua participação no programa Conexão GloboNews, conforme relatado pelo portal F5.

A agressora, que utilizou um tripé de câmera como arma, desferiu um tapa em Paula e gritou insultos contra a Globo, chamando a emissora de "Globo lixo" antes de fugir. O incidente ocorreu por volta das 10h, enquanto a repórter e um cinegrafista se preparavam para reportar sobre as eleições municipais em São Paulo. Apesar do impacto emocional, Paula não sofreu ferimentos graves e sua entrada ao vivo foi adiada para o final do telejornal. Curiosamente, ela decidiu não registrar um boletim de ocorrência.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) reagiu ao ataque. Em nota oficial divulgada na terça-feira (1), a entidade expressou sua indignação: "Repudiamos toda e qualquer violência contra os trabalhadores. Os jornalistas não podem ser confundidos com os donos dos meios de comunicação onde atuam".

Além do repúdio, o SJSP chamou atenção para o clima de tensão que se intensifica durante o período eleitoral, que se aproxima da votação marcada para o próximo domingo (6). A entidade também enviou recomendações às principais empresas de mídia visando a segurança de seus profissionais durante a cobertura das eleições. Foi sugerido que as equipes de reportagem sejam formadas por pelo menos três integrantes – repórter, cinegrafista e assistente – para reduzir os riscos de situações violentas como a ocorrida com Paula Araújo.

Essa agressão levanta questões alarmantes sobre a segurança dos jornalistas no Brasil. Num cenário político cada vez mais polarizado, profissionais de imprensa enfrentam crescentes hostilidades, especialmente em períodos eleitorais. A comunidade jornalística e a sociedade civil precisam se unir para proteger a liberdade de expressão e garantir um ambiente seguro para todos que trabalham em nome da informação, especialmente em tempos tão conturbados como agora. Afinal, toda forma de violência contra a mídia é um ataque à democracia!