O governo de Israel anunciou, nesta terça-feira (26), um acordo de cessar-fogo com o grupo extremista libanês Hezbollah. O tratado prevê a retirada de tropas israelenses do Líbano e o fim das hostilidades entre os dois lados, com a expectativa de que o acordo entre em vigor já na quarta-feira (27).

Israel e Hezbollah têm um histórico de tensões que remonta à década de 1980, mas a situação se agravou no último ano, especialmente após o grupo ter começado a atacar o norte de Israel em solidariedade ao Hamas durante o conflito na Faixa de Gaza.

Nos últimos meses, a intensidade dos ataques cresceu, resultando em bombardeios frequentes sobre Beirute e uma operação militar terrestre israelense no sul do Líbano.

O acordo, mediado pelos Estados Unidos, estabelece uma trégua de pelo menos 60 dias. Tanto o governo libanês quanto o Hezbollah concordaram com os termos, e uma reunião do Gabinete de Segurança de Israel foi realizada para aprovar o tratado.

Os principais pontos do acordo incluem:

Interrupção Imediata de Hostilidades

As forças de defesa israelenses e os grupos armados libaneses interromperão quaisquer operações hostis assim que o acordo for oficialmente ratificado, prevendo que essa pausa ocorra cerca de 12 horas após a assinatura.

Retirada das Tropas Israelenses

Israel terá um prazo de 60 dias para retirar todos os seus soldados do sul do Líbano, com fontes indicando que essa retirada pode ocorrer em até 30 dias, caso as condições sejam favoráveis.

Recuo dos Membros do Hezbollah

Os combatentes do Hezbollah deverão recuar de suas posições no sul do país e se deslocar para o norte, enquanto cerca de 5 mil soldados das forças armadas libanesas serão posicionados na fronteira para garantir a segurança da região.

Possibilidade de Ataques em Caso de Ameaças

Israel reservou o direito de agir militarmente caso identifique ameaças à sua segurança no Líbano, especialmente relacionadas ao movimento de armas do Hezbollah. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reafirmou que qualquer violação do acordo pelo Hezbollah resultará em respostas militares.

Situação no Líbano

O Líbano, um país que já enfrenta numerosos desafios sociais e econômicos, tem estado no epicentro de um conflito bilateral que continua a agravar a crise humanitária na região. Desde outubro de 2023, mais de 3.800 libaneses já perderam a vida devido aos bombardeios israelenses, enquanto os ataques do Hezbollah também resultaram em um número significativo de mortos em Israel.

O Hezbollah, uma organização muçulmana xiita, foi criado no contexto da Guerra Civil Libanesa e historicamente se opôs à ocupação israelense, sendo apoiado pelo Irã desde sua fundação. Com a nova dinâmica do conflito e o acordo de cessar-fogo, o futuro da região continua incerto.

Fique atento às atualizações sobre esse desenvolvimento crucial que pode impactar não só a segurança de Israel e do Líbano, mas também a estabilidade de todo o Oriente Médio!