Um Nascimento Inesperado

Na última segunda-feira (7), a empresa Colossal Biosciences fez um anúncio bombástico que deixou o mundo em choque: o nascimento de três filhotes que seriam os primeiros representantes do lobo-terrível, uma espécie extinta há mais de 10 mil anos!

A Nova Era da Desextinção

Essa conquista é um marco histórico na ciência da desextinção, reacendendo o debate sobre as possibilidades e limites da genética moderna. Porém, a revelação também trouxe à tona a desconfiança de muitos especialistas que exigem mais transparência e provas concretas antes de considerar o experimento um verdadeiro sucesso.

Como Funciona o Processo de Desextinção?

A Colossal não utilizou a clonagem direta do material genético fossilizado, como muitos poderiam imaginar. Em vez disso, os cientistas reconstruíram parte do genoma do lobo-terrível usando fragmentos de DNA preservado em fósseis e modificando o DNA dos lobos-cinzentos modernos, de acordo com a revista Time.

No total, cerca de 20 regiões do genoma foram alteradas, impactando características como a mandí bula, a estrutura corporal e a vocalização. Para isso, os cientistas extraíram células tronco do sangue de lobos atuais, que foram geneticamente editadas para se assemelhar ao código genético dos lobos-terríveis.

O Protocolo de Criação

Após a modificação, os núcleos dessas células foram implantados em óvulos previamente desnucleados, que foram então inseridos em cadelas saudáveis. Isso significa que o DNA do lobo-terrível não foi clonado na íntegra, mas sim aproveitado de uma forma inovadora.

Os resultados foram surpreendentes: três filhotes nasceram com aparência e estrutura física que lembram a do lendário lobo-terrível!

Cautela entre os Especialistas

Entretanto, a genética desses novos animais é apenas parcialmente semelhante, o que levou muitos especialistas a classificá-los como híbridos geneticamente modificados, não como réplicas autênticas da espécie extinta. Isso levanta questões sobre a verdadeira natureza da desextinção.

Outro aspecto preocupante é a falta de revisão por pares e a publicação dos detalhes da pesquisa em revistas científicas de renome, o que dificulta a validação independente dos dados apresentados.

Além disso, cientistas alertam que o DNA recuperado de fósseis é frequentemente fragmentado e degradado, impossibilitando a recriação completa do genoma de espécies extintas milênios atrás. Sem informações detalhadas sobre comportamento e fisiologia, os novos animais podem não refletir a verdadeira essência da espécie original.

Um Avanço Notável, Mas Com Cautela

Apesar do notável avanço na área de genética, a comunidade científica clama por precaução, reforçando que alegações extraordinárias sobre desextinção devem ser acompanhadas de evidências robustas. O renascimento do lobo-terrível pode ser o início de uma nova era na biotecnologia, mas a verdade envolve muitos mistérios a serem desvendados.