
Robô da Nasa encontra rocha enigmática em Marte e revela segredos do passado
2025-03-29
Autor: Mariana
No dia 11 de março, o rover Perseverance da Nasa fez uma descoberta fascinante enquanto explorava um afloramento rochoso espectacular de mais de 101 metros na borda da cratera Jezero, um antigo leito de lago que vem sendo estudado desde 2021.
"Que peculiaridade da geologia poderia produzir essas formas estranhas?", questionam os cientistas responsáveis pela missão em um comunicado oficial.
Esta não é a primeira vez que estruturas esféricas são registradas em Marte. Em 2004, o rover Opportunity fez a famosa descoberta dos "mirtilos marcianos", e posteriormente, o rover Curiosity encontrou formações semelhantes. O Perseverance, por sua vez, já havia observado texturas que lembram pipocas em rochas sedimentares.
Teorias sobre a origem dessas formações intrigantes incluem a possibilidade de que tenham surgido da interação com água subterrânea, a partir de eventos vulcânicos, ou até mesmo de impactos de meteoritos que teriam causado a condensação de rochas vaporizadas. Os cientistas estão intrigados com esse fenômeno, e cada nova descoberta gera mais perguntas do que respostas.
A situação é cabulosa já que a chamada "Baía de São Paulo" representa o que os geólogos classificam como "rocha flutuante", ou seja, não está em seu local original. Atualmente, a equipe do Perseverance se esforça para identificar pistas que possam ajudar a determinar sua verdadeira origem.
Além disso, essa descoberta é parte de uma missão ainda maior, onde o Perseverance coletou diversas amostras, incluindo uma com padrões que se assemelham a marcas de leopardo, possivelmente indicando atividade microbiana antiga. Todas essas amostras estão armazenadas em 30 tubos do tamanho de charutos, aguardando ansiosamente a fase de análise posterior ao retorno da missão à Terra.
O ex-administrador da Nasa, Bill Nelson, informou que a agência está considerando dois planos alternativos para a missão de retorno das amostras. Ambos os planos requerem a liberação de 300 milhões de dólares (cerca de R$ 1,7 bilhão) pelo Congresso para iniciar o lançamento em 2030, com previsão de trazer as amostras de volta entre 2035 e 2039.
Entender a origem dessas formações esféricas poderá fornecer informações cruciais sobre a história geológica não somente da Cratera Jezero, mas de Marte como um todo. A cada rocha peculiar que o Perseverance analisa, estamos mais próximos de responder a uma das perguntas mais intrigantes da ciência: existe vida no planeta vermelho? Prepare-se, pois os próximos anos podem trazer revelações que mudarão nossa compreensão sobre o universo!