O meia Rodrigo Garro, do Corinthians, anunciou à ESPN que irá se afastar dos gramados para tratar de uma inflamação no joelho direito, resultado de sua decisão de jogar a final do Campeonato Paulista a todo custo.

"Depois do que aconteceu no treino, estava claro: 'Vou jogar a final de qualquer jeito e depois vou parar'. Tenho apenas 27 anos e uma carreira pela frente. O estado atual do meu joelho não me permite ser o mesmo Garro que fui no ano passado. Não sei por quanto tempo ficarei fora, mas espero que não seja muito. Preciso desinflamar meu joelho, tem muita agulha ali. Fiz o possível para estar em campo", afirmou Garro.

Para conseguir participar da decisão, Garro precisou aplicar anestesia. "Se eu não fizesse isso, não conseguiria jogar. Sabia que era um risco e que poderia sentir muita dor, mas durante a partida só pensava em correr, jogar e aproveitar aquele momento incrível que é uma final, especialmente um Dérbi. É algo inexplicável", disse o jogador emocionado.

Na véspera da final, Garro já sentia dores e era dúvida para o jogo, mas acabou sendo escalado e atuou por quase 80 minutos. Desde o ano passado, ele vem lidando com um problema crônico no joelho e já havia passado por uma infiltração para jogar a semifinal contra o Santos. A condição médica que o aflige é a tendinopatia patelar, mas ele continua jogando enquanto segue com um rigoroso trabalho de recuperação. No último ano, disputou um total impressionante de 62 partidas.

Agora, Garro reconhece que precisará dar prioridade à sua recuperação. "Não sei quanto tempo ficarei fora, mas espero que não seja muito, pois quero ajudar o time", disse ele, frustrado com a necessidade de se afastar.

Relembrando os momentos que antecederam à final, Garro compartilhou: "Uma semana antes, durante um treino, senti meu joelho como nunca antes. Pensei que não conseguiria ficar de pé. Fiquei triste e preocupado, mas decidi que tinha que jogar a final no dia seguinte. Quando fui para a cama, repassei na minha mente a ideia de que, se eu conseguisse andar, eu jogaria. Acordei na manhã da final sentindo muita dor, porém desci as escadas do hotel e sabia que tinha que jogar. Diante do meu companheiro Emiliano, afirmei: 'Hoje eu vou jogar, não me tire do time'. Ainda bem que deu certo. Estou ciente de que essa não é uma maneira normal de competir, mas a paixão fala mais alto", finalizou Garro.

A expectativa agora recai sobre como o Corinthians lidará com sua ausência e como Garro se recuperará para voltar a brilhar nos gramados.