O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), oficializou sua pré-candidatura à Presidência da República nesta sexta-feira em um evento significativo realizado em Salvador. Na ocasião, ele foi agraciado com o Título de Cidadão Baiano, uma honraria proposta pelo deputado Sandro Régis, seu colega de partido.

O evento reuniu diversas figuras políticas de direita, incluindo Otoni de Paula (MDB-RJ) e Sergio Moro (União-PR), além de representantes do partido de ACM Neto. Infelizmente, o presidente da sigla, Antônio Rueda, não compareceu, mas a presença dos políticos significou um forte apoio ao projeto político de Caiado.

Caiado, em seu discurso, enfatizou a importância da segurança pública, um tema que se tornou central em sua gestão e agora em sua pré-campanha. Ele não poupou críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), destacando que a segurança é vital para um estado democrático de direito: "Quando eu falo de segurança pública, estou falando da gestão como um todo. Quando assumi, Goiás era a 'Disneylandia dos bandidos'. Era um verdadeiro caos, com roubos por todos os lados. Hoje, afirmo que Goiás não enfrenta mais esse problema", bradou Caiado.

O governador também destacou a queda nos índices de criminalidade em seu estado, ressaltando que Goiás agora conta com a melhor polícia do Brasil e que seus esforços para combater o crime têm dado resultados positivos.

Ele também falou sobre sua expectativa de continuar a liderança em Goiás, caso vença a corrida presidencial: "Se eu for eleito, deixarei Goiás em 2027 com um vice-governador que dará continuidade ao nosso trabalho. Não temos recordes de invasões de terras como em outros lugares", declarou, referindo-se ao estado como um lugar seguro para investir.

Além disso, Caiado aproveitou a oportunidade para criticar o governo petista, afirmando que faltam planos eficazes e que muitos problemas econômicos estão sendo transferidos para prefeitos e governadores: "O governo Lula não tem um plano claro. Ele precisa parar de empurrar as responsabilidades para os estados", afirmou, sugerindo que a situação da economia e da cesta básica deve ser gerida de forma mais eficiente a nível federal.

As críticas se estenderam a membros do governo anterior, sem citar nomes, mas referindo-se claramente a Gleisi Hoffmann, a quem chamou de "elefante em uma casa de louça", insinuando ineficiência em cargos políticos que deveriam ter um papel de articulação.

Caiado finalizou seu discurso reiterando que a segurança e a ordem pública devem ser prioridades em qualquer gestão, tanto no nível estadual quanto federal, e prometeu lutar para restaurar a confiança da população no Estado.