Rússia Realiza Seu Primeiro Lançamento de Míssil Intercontinental contra a Ucrânia na Guerra
2024-11-21
Autor: Ana
A tensão entre Rússia e Ucrânia atingiu um novo patamar nesta quinta-feira (21) com o lançamento de um míssil balístico intercontinental por parte da Rússia. Este é o primeiro uso de tal armamento, que possui capacidade nuclear e alcance superior a 5.600 km, desde o início do conflito em 2022, segundo informações da Força Aérea ucraniana.
O míssil foi disparado da região de Astrakhan, no sul da Rússia, com destino a Dnipro, uma cidade localizada no centro-leste da Ucrânia. A distância entre os dois locais supera 1 mil km, evidenciando a capacidade de ataque de longo alcance da Rússia.
O alvo do ataque eram empresas e infraestruturas críticas da cidade, resultando em danos significativos, de acordo com as autoridades ucranianas. O governador regional, Serhiy Lysak, declarou que o ataque causou danos a uma instalação industrial e gerou incêndios, deixando ao menos duas pessoas feridas.
Vale ressaltar que, enquanto o míssil intercontinental não carregava uma ogiva nuclear, sua capacidade de destruição é grandiosa. O uso deste tipo de armamento é um reflexo das crescentes hostilidades na região e das trocas de ataques que têm ocorrido entre os dois lados.
A escalada da situação se dá também em resposta à utilização, por parte da Ucrânia, de mísseis de fabricação americana e britânica, que foram empregados para atacar alvos russos nesta mesma semana. Os mísseis ATACMS e Storm Shadow, que a Ucrânia se viu autorizada a utilizar, têm um alcance de até 300 km, representando uma significativa mudança em suas estratégias ofensivas.
Além disso, a Rússia também lançou um míssil hipersônico Kinzhal e sete mísseis de cruzeiro Kh-101, dos quais seis foram interceptados pelas defesas aéreas ucranianas, segundo as informações do exército local. Enquanto isso, o Kremlin ainda não fez declarações sobre este recente lançamento.
Em um avanço mais amplo, a guerra na Ucrânia tornou-se cada vez mais internacional. Nos últimos dias, foi noticiada a presença de tropas norte-coreanas ao lado dos russos no campo de batalha, o que gerou preocupação nas potências ocidentais e levou a mudanças na política de armamentos dos EUA. O presidente Joe Biden revisou suas diretrizes relacionadas a mísseis de longo alcance, numa clara resposta à nova dinâmica do conflito.
Para agravar ainda mais a situação, Vladimir Putin, em uma declaração realizada na terça-feira (19), modificou os parâmetros de uso de seu arsenal nuclear. Esta nova doutrina permite que a Rússia responda com força nuclear a ataques convencionais, caso sejam realizados por nações que tenham apoio de potências nucleares, incluindo os ataques ucranianos respaldados pelos EUA. A guerra na Ucrânia segue como um dos principais focos de tensão no cenário global, com repercussões que podem influenciar a política internacional para o futuro.