Sarkozy Condenado: Tornozeleira Eletrônica e Uma História de Corrupção que Chocou a França!
2024-12-18
Autor: Carolina
A Suprema Corte da França decidiu, nesta quarta-feira (18), que Nicolás Sarkozy, ex-presidente francês, deve cumprir a pena de um ano utilizando uma tornozeleira eletrônica. Essa decisão é o desfecho de um caso que remonta a 2014 e envolve graves acusações de corrupção e tráfico de influência.
Em 2021, Sarkozy havia sido condenado a três anos de prisão, mas, em apelação, seu advogado conseguiu reduzir a pena, resultando na aplicação da tornozeleira em lugar de detenção. Além da prisão domiciliar, o ex-presidente também perderá seus direitos políticos por três anos.
O tribunal revelou que Sarkozy conspirou para facilitar a nomeação de um juiz em Mônaco em troca de informações privilegiadas sobre uma investigação criminal que o envolvia, onde ele era suspeito de ter recebido pagamentos ilegais da bilionária Liliane Bettencourt, herdeira do império L'Oréal.
Agora, com as opções legais na França esgotadas, o advogado de Sarkozy, Patrick Spinosi, anunciou que levará o caso à Corte Europeia dos Direitos Humanos. Apesar da condenação, ele garante que Sarkozy cumprirá as determinações da justiça.
Ao que tudo indica, o ex-presidente terá que encarar um novo julgamento no próximo ano. As acusações adicionais se referem ao financiamento ilegal da sua campanha presidencial de 2007, cujas provas vieram à tona durante uma investigação sobre corrupção. Se condenado neste novo caso, Sarkozy pode enfrentar até 10 anos de prisão.
Vale ressaltar que Sarkozy não é o único presidente francês a enfrentar a justiça. Seu antecessor, Jacques Chirac, foi condenado por corrupção em 2011, tornando-se apenas o segundo presidente da história moderna da França a ser sentenciado por crimes durante e após o mandato. Isso consolidou uma mancha na reputação política do país, levantando questões sobre a corrupção endêmica que parece assolar diversas esferas do governo francês.
A origem do escândalo se deu durante escutas telefônicas em 2014, e revelou uma rede de corrupção envolvendo Sarkozy e seu advogado, Thierry Herzog. A investigação revelou que Sarkozy usava uma linha telefônica secreta sob o pseudônimo "Paul Bismuth" para contatar Herzog e discutir estratégias para evitar problemas legais que poderiam ter repercussões dramáticas para sua carreira política.
Além disso, tanto Herzog quanto Gilbert Azibert, o procurador envolvido no caso, foram condenados a três anos de prisão. Herzog terá sua licença de advogado suspensa por três anos, demonstrando a seriedade das ações delituosas que ocorreram.
O Ministério Público francês ainda está investigando potenciais vínculos entre a campanha presidencial vencedora de 2007 de Sarkozy e uma suposta contribuição financeira do regime do ex-líder líbio Muammar Khaddafi, envolvendo mais uma camada de corrupção que não parece ter fim.
Esse ciclo de escândalos associados a figuras proeminentes da política francesa levanta questionamentos sobre a ética no governo e se realmente mudanças significativas na administração pública serão implementadas para prevenir que tais abusos ocorram no futuro. Fique atento, pois novos capítulos dessa história intrigante estão por vir!