Segurança de Tarcísio é preso por ligação com o PCC e afastado da PM
2024-12-02
Autor: Fernanda
A Prisão do Capitão Diogo Costa Cangerana
A Polícia Militar de São Paulo (PMSP) afastou das suas funções o capitão Diogo Costa Cangerana, ex-chefe de segurança do governador Tarcísio de Freitas, após sua prisão pela Polícia Federal (PF) na última terça-feira (26/11). A prisão fez parte da Operação Tai-Pen, que desarticulou um esquema de fintechs suspeitas de movimentar R$ 6 bilhões em dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) nos últimos cinco anos.
A Acusação
Cangerana é acusado de ser um dos principais articuladores do esquema, utilizando suas conexões para abrir contas nas fintechs que serviam para lavar dinheiro do tráfico. Desde 2022, ele servia como segurança de Tarcísio, e mesmo após ser transferido para o 13º Batalhão de Polícia Militar, atuava em atividades de segurança em agendas oficiais do governador.
Participação em Eventos Oficiais
O capitão participou de pelo menos 25 eventos oficiais de Tarcísio, incluindo viagens internacionais. Dentre essas, destaca-se sua participação em uma viagem a Portugal em junho, onde acompanhou o governador durante apresentações da Sabesp a investidores estrangeiros. Também foi responsável pela segurança de Tarcísio em reuniões com figuras importantes, como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e membros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Manifestação do Governador Tarcísio de Freitas
Tarcísio de Freitas se manifestou sobre a situação, afirmando que Cangerana será punido severamente caso sua participação no esquema de lavagem de dinheiro seja confirmada. Ele ressaltou que a conduta do capitão é um ato isolado e defendeu a Polícia como uma instituição séria e comprometida com a sociedade.
Desdobramentos da Operação Tai-Pen
Em um desdobramento da Operação Tai-Pen, a PF cumpriu 16 mandados de prisão e 41 de busca e apreensão, confiscando R$ 311 mil em um escritório na Avenida Paulista. As investigações revelaram que as fintechs operavam um esquema bancário paralelo e ilegal que afetou não apenas o Brasil, mas também diversos outros países, incluindo EUA, Canadá, e nações da América Latina e Europa.
Implicações Legais
Os envolvidos são acusados de diversos crimes, como organização criminosa e evasão de divisas. Essa operação lança luz sobre a complexa rede de corrupção e lavagem de dinheiro que permeia o crime organizado no Brasil e levanta questões sobre a integridade das instituições de segurança pública.