Seleção Brasileira apresenta evolução sob o comando de Dorival, mas futuro ainda é incerto para 2024
2024-11-20
Autor: Mariana
A trajetória da Seleção Brasileira sob a liderança de Dorival Junior teve altos e baixos que levantaram muitas questões para o futuro da equipe. Vamos aos números:
Dorival comandou a seleção em 14 partidas, obtendo 6 vitórias, 7 empates e apenas 1 derrota, com um aproveitamento de 59%. Em contraste, o combo interino de Ramon Menezes e Fernando Diniz em 2023 teve um desempenho inferior, com apenas 37% de aproveitamento.
Ao início da sua gestão, Dorival trouxe esperança ao vencer a Inglaterra e empatar com a Espanha em amistosos, mas o clima mudou quando a equipe terminou sob vaias em Salvador, após empatar com o Uruguai.
Durante as Eliminatórias, Dorival teve um desempenho melhor que Diniz nos mesmos 6 jogos. Se Diniz conquistou 7 pontos, Dorival conseguiu alçar a Seleção a 11 pontos, ao sair da sexta posição para a quinta. Contudo, essa performance ficou aquém das expectativas que a CBF tinha para o segundo semestre deste ano.
O desempenho na Copa América também deixou a desejar, já que a eliminação nos pênaltis — após uma campanha que deveria ter sido forte — não conseguiu esconder a falta de grandeza no futebol apresentado pela seleção.
Ao longo do ano, parecia que Dorival estava sempre se adaptando ao time, lutando entre tentativas e erros até chegar a uma formação mais estável nas últimas três partidas. Porém, a seleção não conseguiu deslanchar e terminou empatando os dois jogos mais recentes, frente a Venezuela e Uruguai.
Além das questões táticas, a situação política da CBF contribuiu para os desafios enfrentados. O começo do ano foi conturbado com a suspensão do presidente Ednaldo Rodrigues, o que inviabilizou a contratação de Carlo Ancelotti como técnico. Ednaldo retornou ao cargo por meio de uma liminar, mas a instabilidade ainda permeia a entidade, refletindo diretamente no trabalho de Dorival e seus jogadores.
Um dos grandes desafios que a seleção teve que enfrentar foi a ausência de Neymar ao longo do ano. A expectativa de sua volta ainda paira sobre a equipe, especialmente após uma lesão que o afastou de games importantes e que impediu sua participação nos jogos da seleção em 2024. Essa lacuna deixou evidentes as dúvidas sobre a nova geração de jogadores. Vini Jr., rivalizando pelo prêmio de Bola de Ouro, teve uma participação abaixo das expectativas e acumulou cartões que o deixaram fora de partidas cruciais na Copa América.
Figuras como Rodrygo e Paquetá também passaram por oscilação de desempenho, enquanto Luiz Henrique fez boas partidas mas não conseguiu manter a mesma performance até o final do ano. O atacante Pedro, que poderia ter sido uma solução, se machucou gravemente em um treino, forçando Igor Jesus a assumir a posição — o que trouxe falta de opções com características similares.
Para 2024, o Brasil se prepara para novos desafios, com uma convocação programada para fevereiro e partidas complicadas nas Eliminatórias contra Colômbia e Argentina, o que aumentará as pressões sobre Dorival. Apesar de as chances de eliminação na Copa ainda serem baixas, o verdadeiro desafio é saber como a seleção vai se preparar até lá.
Dorival se mostrou otimista, prometendo que a seleção chegará à final da Copa do Mundo de 2026, moedas de cobrança que foram lançadas. Contudo, o futuro de Dorival ainda é incerto e isso dependerá das decisões da diretoria da CBF. A pergunta que fica é se ele continuará no cargo ou se a pressão por resultados antecipará uma mudança.