A seleção nigeriana enfrenta uma situação desesperadora após ficar retida em um aeroporto da Líbia, e o atacante Victor Osimhen não hesitou em expressar sua indignação. "Estou desiludido com o tratamento injusto que os meus irmãos e treinadores estão enfrentando. Ações como esta vão contra o espírito esportivo. Deixo meu apoio à minha equipe, sei que vão se manter fortes, apesar destes obstáculos. Apelo à Confederação Africana e outros organismos de futebol que intervenham. Isto é desumano! Estamos juntos, mais fortes do que nunca!" – declarou o jogador do Galatasaray.

O capitão da Nigéria, William Troost-Ekong, foi o primeiro a denunciar a situação. Inicialmente, o voo deveria pousar em Benghazi, onde a equipe enfrentaria a Líbia pelas eliminatórias, mas a rota foi alterada sem explicações, resultando em um pouso inesperado em Al-Bayda, a cerca de duas horas do destino final.

A equipe ficou trancada no aeroporto, sem acesso a alimentação ou telefonemas, complicando ainda mais a situação. Troost-Ekong ressaltou que a equipe não conseguiu se hospedar em nenhum hotel da região e sugeriu que essa situação fazia parte de um "jogo mental" orquestrado pelo governo líbio: "Poder das mídias sociais. Aparentemente, nosso avião está sendo abastecido enquanto falamos e devemos partir para a Nigéria em breve. Obrigado pelo apoio de todos! REITERO: NUNCA trataríamos uma nação convidada dessa forma!".

Esse incidente ocorre em um momento de tensão nas relações esportivas entre a Nigéria e a Líbia, já que há apenas alguns dias, a seleção líbia havia reclamado de problemas logísticos durante sua visita à Nigéria, onde aguardaram por horas um ônibus que os levaria a Uyo, após o confronto anterior. A Federação de Futebol da Nigéria se defendeu, alegando que a equipe líbia deveria ter seguido direto para Uyo.

Em meio ao caos, a seleção nigeriana informou que venceu a Líbia por 1 a 0, consolidando-se na primeira posição do grupo D das eliminatórias para a Copa das Nações Africanas, com sete pontos. Benin segue em segundo com seis, enquanto Ruanda está em terceiro com dois pontos. A Líbia amarga a última colocação, com apenas um ponto.

É necessário destacar que essa situação não apenas prejudica o desempenho das seleções, mas também levanta questões sérias sobre as condições enfrentadas por atletas em competições internacionais. O que acontecerá a seguir? A pressão popular e internacional será suficiente para sensibilizar as autoridades e garantir um tratamento justo para todos os atletas envolvidos?