A estação de esqui Grand Puy, localizada em Seyne-les-Alpes, no sudoeste da França, terá suas portas fechadas de forma definitiva devido à falta de neve e aos impactos econômicos devastadores que isso trouxe. A decisão foi tomada por 71,31% dos eleitores em um referendo municipal no domingo (6).

A Grand Puy era conhecida por suas 24 quilômetros de pistas, situadas entre altitudes de 1.370 a 1.800 metros. Contudo, a mudança climática levou a uma diminuição significativa na quantidade de neve, resultando em prejuízos anuais que alcançavam centenas de milhares de euros. O prefeito Laurent Pascal ressaltou a necessidade de "diversificar as atividades" na região e minimizar o impacto da mudança climática.

Entre as novas iniciativas que estão sendo sugeridas, está a transformação de um reservatório em um lago para pesca e a construção de um estúdio de trilhas, visando promover atividades esportivas sustentáveis que respeitem o meio ambiente. A comunidade local está sendo convidada a participar na definição dessas novas propostas.

Esse fechamento é um reflexo mais amplo da crise enfrentada pelas estações de esqui nos Alpes, que já perdeu mais de 180 estações desde a década de 1970. O aquecimento global torna a presença de neve cada vez mais incerta, criando desafios não apenas para a Grand Puy, mas potencialmente para outras estações, especialmente com os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Inverno programados para 2030.

Recentemente, a comunidade de Matheysine também decidiu interromper os subsídios para a estação de Alpe du Grand Serre, que fechará após 85 anos de funcionamento. A situação preocupante das estações de esqui é um sinal claro das mudanças climáticas impactantes que estão remodelando o turismo nas regiões montanhosas e exigindo que os municípios se adaptem para um futuro mais sustentável.

É um triste aviso que a beleza natural dos Alpes, e a diversão associada a ela, pode não ser a mesma nas próximas décadas. O que mais será afetado? Prepare-se para uma reavaliação do turismo nas montanhas!