A Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado aprovou um requerimento nesta quinta-feira, convocando o presidente da Previ, João Fukunaga, a comparecer ao colegiado para esclarecer o significativo déficit registrado pela entidade em 2024, que alcançou a marca alarmante de R$ 17,5 bilhões.

Vale destacar que o convite não é obrigatório, mas a presença do presidente é considerada essencial dado o impacto dessa situação nos participantes do fundo de pensão, que é voltado para os funcionários do Banco do Brasil.

Durante o período de janeiro a novembro do ano passado, o plano 1 da entidade teve um resultado negativo de R$ 14 bilhões, levando o deficit total a um valor exorbitante. O senador Sérgio Moro (União-PR), autor do requerimento, expressou preocupação com a situação, ressaltando que a gestão inadequada pode afetar diretamente a aposentadoria dos trabalhadores.

Além disso, o Tribunal de Contas da União (TCU) já iniciou uma investigação sobre o desempenho da Previ em 2024, e tudo indica que as perdas estão relacionadas aos investimentos em renda variável, especialmente nas ações da Vale, que apresentaram forte volatilidade.

O fato ocorre em um momento em que o Congresso também se debruça sobre o Orçamento de 2025, que foi aprovado com um superávit de R$ 15 bilhões, incluindo aumentos significativos nas emendas para setores como vale-gás e Minha Casa, Minha Vida. No entanto, as áreas de Saúde e Educação enfrentam cortes, com um cenário que levanta debates acalorados entre os parlamentares.

A sociedade agora se pergunta: qual será o destino desses bilhões perdidos? E quais garantias o governo dará aos trabalhadores para assegurar a estabilidade de seus futuros financeiros?