O líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho (PB), declarou nessa segunda-feira (25.nov.2024) ao Poder360 que é crucial que a bancada nordestina se una para "paralisar e obstruir" as votações que favorecem o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), até que a operação Carro-Pipa seja reativada. O Exército suspendeu o programa de distribuição de água no Nordeste devido à falta de verbas federais.

Efraim expressou sua indignação: "A bancada paraibana precisa mobilizar Brasília contra a suspensão do abastecimento de água. É inaceitável que em pleno século 21 ainda tenhamos que lidar com a falta d’água, especialmente agora, em um período crítico de altas temperaturas. A conclusão de obras como a transposição do Rio São Francisco é urgente, e não podemos permitir que os municípios fiquem sem água!"

Além disso, o senador levantou uma questão preocupante: a suspensão da operação Carro-Pipa é um dos impactos negativos da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) em bloquear o pagamento de emendas de congressistas. Efraim afirma que isso "limita a capacidade de reverter a paralisação do abastecimento de forma eficaz e urgente".

É importante notar que a falta d’água pode ter um efeito significativo na popularidade de Lula, que venceu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em todas as cidades da Paraíba no segundo turno das eleições de 2022. "Já começamos a ver esse impacto. A pressão é intensa, particularmente entre a população que depende do programa e que, majoritariamente, é composta por famílias humildes e residentes da zona rural", acrescentou o senador.

O QUE LEVOU À PARALISAÇÃO?

Na última segunda-feira, a interrupção do programa que fornece água potável para a região do semiárido (9 Estados do Nordeste e o norte de Minas Gerais) já começou a afetar a Paraíba e deverá se estender pelos demais estados afetados. De acordo com informações obtidas, a operação se tornou insustentável a partir de 16 de novembro devido à falta de recursos.

O Escritório Nacional da Operação Carro-Pipa declarou que "não existe previsão de novos recursos para atender à operação, mas as organizações militares estarão prontas para retomar a entrega de água assim que os recursos financeiros forem disponibilizados".

O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, que junto com o Ministério da Defesa é responsável pelo programa, foi procurado, mas se negou a comentar sobre a situação. Continuaremos monitorando essa crise hídrica, pois ela pode agravar-se a qualquer momento, afetando ainda mais a vida das pessoas no nordeste brasileiro.