O título desta coluna é uma provocação, lembrando a seriedade e o profissionalismo que Grafite demonstrou em 2004, quando marcou dois gols na última rodada do Campeonato Paulista, garantindo que o Corinthians não caísse para a segunda divisão.

Recentemente, o Campeonato Brasileiro voltou a ser palco de especulações sobre o polêmico tema da entrega de resultados. O Palmeiras, conhecido como o time da virada, conseguiu reverter placares adversos contra o Bahia e o Cruzeiro, mas agora precisa da ajuda do São Paulo, rival histórico, num cenário carregado de tensão.

Não há dúvidas de que os jogadores tricolores se comprometerão em campo, mas com a decisão da CBF de não manter a tradição dos clássicos na última rodada, o clima de incerteza pode pairar sobre o campeonato. Em 2009 e 2010, relembramos momentos polêmicos, como o pênalti que Leonardo Moura marcou sem que Felipe se esforçasse para defendê-lo, ou o gol de Roberson que muito afetou a classificação do Grêmio.

A história se repete, com lembranças de Dinei e Deola no fatídico 4 a 1 entre Palmeiras e Fluminense, onde Tite e Felipão protagonizaram uma discussão sobre a suposta entrega do jogo. Apesar das especulações, a verdade é que a integridade dos jogadores deve prevalecer.

Porém, para que o Palmeiras conquiste o título, será necessário que surja um novo Grafite no São Paulo, um jogador que coloque a honra e o profissionalismo acima de rivalidades. A expectativa é que, independente da tensão, os atletas continuem a jogar com respeito e integridade, garantindo que o mais justo ganhe.

No final das contas, o futebol é feito de rivalidades, mas também de dignidade e respeito às regras do jogo. A pergunta que fica é: será que veremos um São Paulo motivado a 'ajudar' um rival a conquistar a taça? Isso só o tempo dirá.