A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) acaba de aprovar 13 projetos inovadores para a instalação de plantas de hidrogênio verde no Brasil, totalizando um investimento impressionante de R$ 1,4 bilhões. Este é um marco histórico para o país, focado na produção de um insumo que promete ser essencial na transição energética, substituindo combustíveis fósseis e ajudando a combater as mudanças climáticas.

Uma avaliação recente da Aneel, em conjunto com representantes de instituições técnicas, revelou a criação de um pacote inédito que pode colocar o Brasil na vanguarda da produção de hidrogênio verde. Os projetos, apresentados por grandes empresas do setor elétrico, têm previsão de início em 2024.

Desse montante, R$ 1,1 bilhões virão do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Aneel, financiado através de uma taxa mensal de 0,4% sobre as receitas operacionais das empresas do setor. Além disso, R$ 367 milhões serão diretamente investidos pelas próprias empresas, mostrando o comprometimento delas com a sustentabilidade e inovação.

Entre as 13 iniciativas, destaca-se a Petrobras, que lidera o projeto mais robusto, com um investimento de R$ 497 milhões para construir uma planta piloto integrada a uma de suas refinarias no Rio de Janeiro, possibilitando o uso de hidrogênio no setor petroquímico. A Neoenergia também se destaca, com quatro projetos que somam R$ 569,4 milhões, incluindo plantas em São Paulo, Bahia e Pernambuco.

A CTG Brasil, que detém a Rio Paraná Energia, receberá investimento de R$ 102,7 milhões para desenvolver três projetos no Mato Grosso do Sul e Pernambuco. Enquanto a Eneva busca produção de hidrogênio no Maranhão, investindo R$ 64,9 milhões em unidades no São Paulo e Ceará, com foco em descarbonização da indústria de alimentos.

A Cemig, Eletronorte e Furnas também contribuirão para o avanço desta tecnologia com um total de R$ 252 milhões investidos, visando a redução do uso de combustíveis fósseis na produção de aço e siderurgia.

O prazo para a conclusão desses projetos é de 48 meses, começando em 2025, e o objetivo é que as empresas utilizem suas instalações existentes, como usinas hidrelétricas, solares e eólicas, para a produção de hidrogênio por meio de eletrólise, um processo que divide a água em hidrogênio e oxigênio.

Curiosamente, a Petrobras confirmou que a localização exata de sua planta no Rio de Janeiro ainda está em análise. A Neoenergia também anunciou um investimento adicional de R$ 30 milhões para a primeira planta-piloto de hidrogênio verde do Brasil, que deverá ser inaugurada no Distrito Federal no próximo ano.

Além do que já foi aprovado, a Aneel recebeu um total de 24 propostas para desenvolver tecnologia de hidrogênio, sendo que 19 se enquadraram como plantas piloto. Isso demonstra o crescente interesse e potencial do Brasil nesse setor vital para a sustentabilidade e redução de emissões.

Se as propostas em andamento forem completadas, o total a ser investido na produção de hidrogênio verde pode chegar a R$ 2,8 bilhões, reforçando o Brasil como um player relevante na busca por energias mais limpas e sustentáveis. Prepare-se, pois o futuro energético verde do Brasil pode estar mais próximo do que se imagina!