Sim, ainda vou ao banco e você deveria prestar atenção!
2024-12-08
Autor: Julia
Recentemente, expressei minha frustração sobre a falta de paciência dos bancários ao atender clientes que não estão familiarizados com as exigências tecnológicas dos bancos modernos. Eles tratam os clientes como se fossem obrigados a serem especialistas em senhas, tokens e códigos para realizar operações simples. Por exemplo, se você enfrenta problemas com o reconhecimento da digitais, mesmo que tenha feito tudo conforme o protocolo no dia anterior, a expressão do funcionário é como se você estivesse prestes a ser 'extinto' como cliente.
Enquanto isso, alguns podem se surpreender ao saber que ainda frequento agências bancárias. A verdade é que ainda utilizo dinheiro para pequenas transações, como comprar doces em bancas de camelô, uma bebida na praia ou uma empadinha no boteco. Recentemente, um jornaleiro me contou que um cliente pagou por meia dezena de balas utilizando o Pix. Como não sou adepto de celulares, essa forma de pagamento não é uma opção para mim. Enquanto o dinheiro em espécie não for banido, pretendo continuar a utilizá-lo — você se lembra de quando era tão difícil ganhar cada cêntimo?
Além disso, ao compartilhar meu e-mail que termina com terra.com.br, ouvi alguém exclamando, "Mas você ainda usa o Terra???". Não só ainda uso, como também sigo residindo no planeta Terra. Expliquei que mudar para um e-mail gratuito como o Gmail não compensaria a quantidade de pessoas que precisaria ser informada sobre tal mudança. E vale ressaltar que o Gmail também pode um dia se tornar obsoleto, considerando que o uso de e-mails diminui a cada dia.
Aliás, muitos dos e-mails que envio são abertos uma semana depois, quando o assunto já passou ou foi solucionado. Essa é uma das armadilhas da tecnologia: inovações rapidamente se tornam obsoletas, criando um ciclo incessante de consumo.
O que isso tudo nos ensina? Que nem tudo que está surgindo é necessariamente melhor ou mais prático. Continuo a optar pelo método tradicional, utilizando dinheiro para comprar aqueles 'bics' no camelô, tomar um mate na praia e saborear uma empadinha no botequinho. A verdadeira perguntinha que eu deixo é: o quanto você ainda confia no que é 'novo' e 'inovador'? Vale a pena refletir sobre isso!