Simões Acusa Governo Lula pela Crise no Orçamento de Minas
2025-04-19
Autor: Ana
Contingenciamento Sob Crítica
No último sábado (19/4), o governador Romeu Zema promulgou um decreto de contingenciamento que gerou polêmica e críticas por parte da oposição. O vice-governador Mateus Simões, do partido Novo, saiu em defesa da medida, alegando que os cortes orçamentários são necessários devido aos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Programa de Pleno Pagamento das Dívidas do Estado (Propag), que resultarão em um gasto adicional de R$ 2 bilhões.
Justificativa de Simões
Segundo Simões, o planejamento inicial do estado previa um desembolso de quase R$ 2 bilhões a menos, mas os vetos de Lula obrigaram o governo a reavaliar suas finanças para manter o equilíbrio fiscal. A sanção de Lula vetou uma emenda crucial, que estabelecia que a União arcaria com as dívidas dos estados em Regime de Recuperação Fiscal.
Serviços Essenciais em Foco
Simões destacou que o governo optou por uma 'contingência inteligente', garantindo que serviços essenciais como saúde, educação e segurança continuam a receber investimentos, permitindo que os salários e transferências aos municípios sejam pagos em dia. O objetivo é evitar que Minas Gerais volte à crise fiscal que caracterizou a gestão do ex-governador Fernando Pimentel (PT).
Reações da Oposição
A medida foi não só criticada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), mas também alvo de ironias. A deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT) apontou a contradição entre a narrativa do governo sobre a recuperação do estado e a necessidade de um decreto para evitar colapso. A oposição pediu cortes em áreas que não afetam diretamente a população.
Sindicato em Alerta
O Sindicato dos Servidores da Tributação, Fiscalização e Arrecadação do Estado de Minas Gerais (Sinfazfisco) também se manifestou, argumentando que não há necessidade de cortes, já que as receitas do estado estão em alta e há um superávit no caixa.
Cortes de Gastos e Salários
Além dos cortes orçamentários, o governo Zema confirmou que não haverá reajuste salarial para os servidores em 2025. O secretário da Fazenda, Luiz Claudio Gomes, declarou que o estado não possui margem financeira para compensar as perdas inflacionárias do último ano, exceto para os professores da educação, que receberão um aumento de 5,27%, embora os trabalhadores exijam 6,27%.
Mudanças em Tempo Recorde
Recentemente, a Polícia Militar recebeu ordens de suspender atividades e devolver recursos orçamentários já alocados, antecipando os cortes planejados.