O Supremo Tribunal Federal (STF) fez história ao decidir, por 9 votos a 2, que o ex-jogador Robinho permanecerá na prisão. A decisão foi tomada em um pleno virtual com a presença dos 11 ministros e reflete a gravidade do caso, que envolve a condenação por estupro de uma mulher albanesa na Itália. Atualmente, Robinho cumpre pena de 9 anos na Penitenciária II de Tremembé, em São Paulo.

No julgamento, os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes foram os únicos a votar a favor da libertação do ex-atleta. A decisão da maioria, incluindo figuras proeminentes como Edson Fachin e Alexandre de Moraes, enfatiza a necessidade de responsabilidade por crimes sexuais.

Esta decisão se baseia na análise do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que homologou a sentença italiana, destacando a importância de fazer justiça e garantir que esse tipo de crime não fique impune. Os votos, especialmente o da ministra Cármen Lúcia, foram incisivos. Ela declarou que "a impunidade pela prática desses crimes é mais que um descaso, é um incentivo à continuidade dessa desumanidade".

A história de Robinho é profundamente preocupante. Ele foi preso na noite de 21 de março de 2023, após ter sido condenado por participar de um estupro coletivo em uma boate de Milão em 2013, um caso que ressurgiu publicamente em 2020, provocando intensa repercussão nas redes sociais e uma onda de reações contra a violência de gênero.

A condenação veio à tona em 2017, mas a execução da pena no Brasil só ocorreu neste ano, quando o STJ determinou que Robinho deveria cumprir a pena no país. Esse resultado é um forte sinal de que o sistema judiciário brasileiro está se posicionando contra a violência e em favor das vítimas. O Brasil observa enquanto essa narrativa se desenvolve, e muitos se perguntam: o que mais pode ser feito para garantir a justiça?