Negócios

Supermercado condenado a pagar R$ 242 mil a funcionário que comeu croquete em meio ao trabalho

2024-11-21

Autor: Julia

Um supermercado na Espanha foi condenado a indenizar um funcionário em R$ 242 mil após demiti-lo por comer um croquete que seria descartado. A decisão, tomadas nesta quarta-feira (20), foi considerada um marco importante na proteção dos direitos dos trabalhadores.

De acordo com a agência de notícias Associated Press, o incidente ocorreu em julho de 2023, quando o funcionário, em um momento de necessidade, decidiu comer um croquete que não foi vendido e estava destinado ao lixo. A empresa mantinha uma política rigorosa que proibia os empregados de consumirem qualquer item da loja, a menos que tivessem pago por isso.

O tribunal inicialmente já havia decidido a favor do empregado, mas a rede de supermercados recorreu da decisão. No entanto, o Tribunal Superior confirmou a demissão como ilegal, considerando que a prática de consumir alimentos que seriam descartados era uma prática comum nos estabelecimentos. Além disso, o funcionário apenas comeu uma unidade do croquete, em vez de um pacote inteiro, demonstrando que não havia intenção de violar as normas da empresa.

A justiça não apenas determinou a reintegração do trabalhador, como também impôs a condenação de 39,7 mil euros (aproximadamente R$ 242 mil) por salários não pagos, contabilizando também 600 euros (R$ 3,6 mil) para cobrir honorários advocatícios. Esse caso revela não apenas a importância do respeito aos direitos dos trabalhadores, mas também levanta debates sobre as políticas de descarte de alimentos e o consumo consciente.

A decisão é emblemática em um contexto onde as questões de desperdício de alimentos são cada vez mais discutidas. A prática de jogar fora produtos alimentícios em bom estado, enquanto há pessoas passando fome, é uma contradição que muitas empresas e governos estão começando a enfrentar. Estes eventos recentes podem pressionar outras redes de supermercados a reconsiderar suas políticas em relação aos produtos não vendidos, promovendo uma cultura onde o desperdício é minimizado e os direitos dos trabalhadores são respeitados.