Recentemente, as autoridades na Alemanha tomaram medidas preventivas ao fechar parte da estação central de trem de Hamburgo após um estudante de medicina e seu acompanhante relatarem sintomas preocupantes. O estudante teve contato com um paciente infectado em Ruanda, mas ambos testaram negativo para o vírus Marburg, o que aliviou as preocupações de contaminação em massa.

O que é o vírus de Marburg?

Detectado pela primeira vez em 1967, o vírus Marburg originou surtos de febre hemorrágica em laboratórios na Alemanha e na então Iugoslávia. A doença está ligada a macacos verdes africanos trazidos de Uganda, e surtos posterior mentente foram registrados em países como Angola e República Democrática do Congo. O Marburg é clinicamente semelhante ao Ebola, mas é causado por um vírus diferente. No entanto, a gravidade é alarmante: as taxas de letalidade variam de 24% a 88%, igualando-se às do Ebola.

Infelizmente, até este momento, não existem vacinas ou tratamentos antivirais específicos para o Marburg. No entanto, uma boa hidratação e o tratamento adequado dos sintomas podem melhorar as chances de sobrevivência.

Sintomas

Os sintomas são alarmantes: febre alta, dor de cabeça intensa e mal-estar emergem rapidamente, seguidos por dores musculares, diarreia, náusea e, em casos graves, sangramentos. Importante frisar que o vírus não é contagioso durante o período de incubação, que pode variar entre 2 e 21 dias.

Situação em Ruanda

Na Ruanda, um surto alarmante foi declarado em 27 de setembro, confirmando até o momento 36 casos e 11 mortes. As autoridades locais ainda investigam a origem do vírus, e medidas drásticas foram adotadas para controlar a situação, como o isolamento de pacientes e a preparação de ensaios clínicos para testes e vacinas.

O Ministro da Saúde de Ruanda, Sabin Nsanzimana, afirmou que a nação está comprometida em desenvolver estratégias eficazes para combater o surto, realçando a necessidade de tratamentos nas primeiras etapas da doença.

Risco de Disseminação

Casos da doença também foram relatados fora da capital, Kigali, o que aumenta o risco de disseminação. Em eventos anteriores, como os surtos na Guiné Equatorial e na Tanzânia, as fatalidades foram elevadas. Até 2005, mais de 200 morreram em um surto em Angola, revelando a gravidade e o potencial devastador do vírus.

Nos Estados Unidos, as recomendações das autoridades de saúde sugerem precauções para viajantes que planejam visitar Ruanda, mas o risco geral da população americana continua baixo, com nenhum caso relatado até o momento. A situação é crítica, e a vigilância contínua é essencial.

Conclusão

A doença do vírus Marburg não deve ser ignorada. O momento é de atenção e prevenção! Conheça os sinais, evite riscos e mantenha-se informado!