O Ministério da Saúde deu um importante passo na luta contra a obesidade ao começar, nesta quarta-feira (19), a receber avaliações de pacientes que utilizam medicamentos para perda de peso. Isso faz parte do processo para a possível inclusão de dois novos remédios na lista do SUS: a liraglutida e a semaglutida.

Esta iniciativa surge com o objetivo de amplificar as opções de tratamento para a obesidade no Sistema Único de Saúde (SUS). Após a coleta das avaliações, o próximo passo será realizar uma audiência pública, onde a comunidade poderá debater as implicações e a relevância desses medicamentos.

A inclusão desses fármacos foi solicitada pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica, com suporte da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e da Sociedade Brasileira de Diabetes. Essa colaboração ressalta a necessidade urgente de que tratamentos eficazes sejam disponibilizados na rede pública de saúde.

A endocrinologista Flávia Coimbra destaca a importância deste processo: ‘Levar em conta as necessidades dos pacientes com obesidade é fundamental, além de analisar a questão do custo-benefício. É crucial que o governo defina quanto pode investir nesse tratamento.’

Atualmente, existem cinco medicamentos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento da obesidade no Brasil, mas, paradoxalmente, nenhum deles é disponibilizado gratuitamente pelo SUS, o que limita o acesso de muitos brasileiros ao tratamento.

A obesidade é uma epidemia crescente no Brasil, afetando milhões de pessoas e contribuindo para uma série de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e doenças cardíacas. A inclusão de medicamentos como liraglutida e semaglutida poderia não apenas melhorar a qualidade de vida dos pacientes, mas também reduzir os gastos com tratamentos de complicações da obesidade a longo prazo.

Agora, com esse debate se iniciando, as esperanças de um futuro mais saudável para muitos brasileiros estão em jogo!