Você sabia que o México é o líder absoluto nas exportações de veículos para os Estados Unidos? Um impressionante 76% da produção mexicana vai direitinho para o mercado americano, de acordo com a Anfavea.

Recentemente, as montadoras estão em polvorosa devido ao aumento das tarifas imposto por Donald Trump. A Audi, parte do grupo Volkswagen, decidiu suspender as exportações de veículos feitos no México. E não parou por aí: a Jaguar Land Rover também seguiu o exemplo e interrompeu seus envios para os EUA, ao menos durante o mês de abril.

A Stellantis, conglomerado que inclui marcas renomadas como Jeep e Fiat, não ficou de braços cruzados. A montadora paralisou produção em várias fábricas no Canadá e no México, além de suspender 900 funcionários em diversas unidades, inclusive em Michigan e Indiana.

Diante desse cenário, o g1 buscou a opinião de todas as montadoras mencionadas pela S&P Global. As respostas mostram preocupação com os impactos das tarifas nas operações, cadeias de suprimento e inovação.

A Stellantis não hesitou em iniciar ajustes operacionais, enquanto outras marcas ainda analisam os efeitos. Todas concordam em um ponto: o livre comércio é fundamental para a estabilidade nas relações comerciais.

A Stellantis declarou que continua monitorando a situação e mantendo diálogo com a administração dos EUA sobre as novas políticas. A interrupção da produção em algumas plantas terá sérias consequências, afetando também os setores de motores e estamparia nos EUA.

Para o Grupo BMW, as tarifas só trazem complicações, dificultando a inovação e encarecendo produtos. "As tarifas criam um ciclo negativo que prejudica a indústria e o consumidor", afirmam.

O Grupo Volkswagen está em alerta máximo, estudando o impacto dessa nova tarifa de 25% sobre suas operações e cadeia de suprimentos. Recentemente, o grupo investiu mais de US$ 14 bilhões nos Estados Unidos, garantindo empregos e contribuindo para a economia.

Especialistas alertam: as tarifas não apenas ameaçam o crescimento econômico dos Estados Unidos, mas também desafiam as relações comerciais globais e afetam diretamente consumidores e empresas. O futuro da indústria automotiva pode estar em jogo.