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Tarifas de Trump: O Dólar e Cartões de Crédito como Armas Contra Aliados?

2025-04-04

Autor: João

Com a recente implementação de tarifas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, muitos países aliados estão em alerta quanto às próximas medidas que podem ser adotadas. Trump já demonstrou que não hesitará em usar a influência dos Estados Unidos, um centro financeiro global, como uma ferramenta de coerção para forçar parceiros comerciais a se submeterem às suas ordens.

Os Estados Unidos, sendo o emissor da moeda de reserva mundial, possuem diversas alavancas à sua disposição. Entre elas, destacam-se ameaças relacionadas ao uso do dólar e do sistema de cartões de crédito. Analistas apontam que essas ações podem ter repercussões negativas para a economia americana a longo prazo, podendo resultar em uma reação adversa dos países afetados.

Um cenário preocupante se delineia se as tarifas não conseguirem reduzir o déficit comercial dos EUA, um resultado considerado provável, especialmente devido à atual escassez de mão de obra no país. Em resposta, a China já anunciou retaliações, fazendo com que as ações americanas caíssem ainda mais, indicando uma escalada na crise comercial.

Com a economia global cada vez mais interconectada, observadores econômicos como Barry Eichengreen, da Universidade da Califórnia em Berkeley, alertam para o potencial de Trump lançar mão de estratégias inusitadas, mesmo que careçam de lógica. E, embora o governo dos EUA tenha planos de reequilibrar a balança comercial pressionando por uma desvalorização do dólar, a realidade é que a situação econômica e política atual é muito diferente da que existia há quatro décadas, tornando tais acordos difíceis de alcançar.

Outro ponto levantado é a possibilidade de que Trump, diante da falta de acordos, utilize táticas mais agressivas, como limitar o acesso a dólares por meio do Federal Reserve (Fed), fundamental para os bancos centrais estrangeiros, especialmente em tempos de crise econômica. A restrição desse acesso poderia desestabilizar o mercado global de crédito e ter um impacto devastador sobre várias economias, levando a um efeito dominó.

Além das tarifas e possíveis medidas relacionadas ao dólar, a influência dos gigantes de pagamentos dos EUA, como Visa e Mastercard, também pode ser uma arma poderosa nas negociações comerciais. Com uma participação significativa nos pagamentos globais de cartão, a interrupção de serviços por essas empresas poderia deixar o sistema financeiro europeu extremamente vulnerável, obrigando os consumidores a recorrerem a métodos de pagamento mais tradicionais e menos eficientes.

A situação é crítica, e os líderes europeus estão discutindo como responder às ações de Trump, mas receiam que qualquer retaliação possa resultar em uma escalada ainda maior no conflito comercial, complicando ainda mais as relações transatlânticas. No entanto, enquanto alguns países se preparam para essa batalha econômica, a dúvida persiste: até onde Trump irá para proteger os interesses americanos e quais os custos que isso poderá trazer, tanto para os aliados quanto para a própria economia dos EUA? Acompanhem os desdobramentos!