A expectativa em torno das commodities brasileiras está aquecida! A tributarista Priscila Ziada Camargo Fernandes, sócia do escritório Ernesto Borges Advogados e especialista em recuperação de ativos no setor agro, aponta que um aumento significativo nas commodities é previsto, mas os reais impactos da tensão entre Estados Unidos e China ainda precisam ser avaliados à medida que a colheita avança.

Com a importação chinesa podendo afetar os preços, a perspectiva é de que os preços das commodities nos Estados Unidos sejam pressionados para baixo, enquanto no Brasil possam se fortalecer. Priscila ressalta: "Devemos assistir a um impacto positivo do ponto de vista de preço".

POSITIVO PARA A CARNE!!!

Mariana Inocente P. Guimarães, gerente de exportação para a Ásia da Ramax Group, revela que a carne bovina brasileira, embora não concorra diretamente com a americana no mercado chinês, pode ver uma elevação de demanda, resultando em um aumento nos preços. "A procura pela carne bovina brasileira se intensificará", afirma Guimarães.

A carne brasileira é utilizada na industrialização na China, diferentemente da americana, que é voltada para restaurantes e supermercados, o que cria um espaço ideal para o aumento das vendas de carne e, por consequência, o aumento dos preços.

Previsões otimistas à vista! Com a redução das ofertas dos EUA, a demanda por outras proteínas como porco e frango deve também aumentar, contribuindo para que o mercado global de proteínas narre uma nova história de crescimento. Os setores de algodão, milho e soja também prometem desempenhar um papel crucial nessa nova dinâmica. "O cenário pode levar a uma redução de custos em alguns segmentos, como carnes, favorecendo ainda mais o nosso agro", destaca Priscila.

Entretanto, desafios à frente. Apesar das oportunidades, a pecuária brasileira enfrenta limitações significativas. O maior desafio é a disponibilidade de animais que atendam aos padrões exigidos pela China, com bovinos prontos para o abate em até 30 meses. Além disso, as margens de lucro estão diminuindo devido ao equilíbrio entre os preços do boi e da carne.

A pressão sobre o rebanho é outra questão premente, já que muitos pecuaristas têm optado por substituir pastagens por culturas mais lucrativas. "Hoje em dia, é raro ver fazendas dedicadas exclusivamente à criação de gado", lamenta Guimarães, ressaltando que apenas 30% da produção nacional de carne bovina é destinada à exportação.

Rio de Oportunidades para o Amendoim!

O segmento de amendoim está otimista com a expectativa de expansão de mercado, mirando não só na China, mas também em países como Canadá e México, que poderão restringir importações dos Estados Unidos devido à nova política econômica. Rodrigo Chitarelli, CEO da CRAS Brasil, afirma que, apesar da seca, a expectativa é de uma supersafra de amendoim, com uma área plantada 40% maior. A demanda, portanto, pode ser superbem direcionada para o Brasil e Argentina, fazendo do momento atual uma excelente oportunidade para o agro!

Prepare-se, o agro brasileiro pode estar à beira de um crescimento explosivo com as novas dinâmicas globais!