O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, passou a noite em um hospital no Rio de Janeiro após relatar severos sintomas, incluindo dor de cabeça e episódios de vômito. Sua internação ocorreu na quarta-feira (20), durante sua visita ao Brasil para participar da cúpula do G20.

No dia anterior, Tedros teve uma reunião significativa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, onde discutiram a necessidade urgente de mais investimentos na saúde pública. Lula enfatizou, "Eu sou um soldado nessa luta para arrecadar o dinheiro necessário para que a Organização Mundial da Saúde possa cumprir sua função vital."

Tedros expressou gratidão pela liderança de Lula e pela mobilização do Brasil. Durante a cúpula, ele anunciou uma rodada de investimentos que visa unificar esforços globais, afirmando que "é um marco importante para a saúde global. Estamos falando de recursos que podem manter o mundo seguro e potencialmente salvar 40 milhões de vidas nos próximos 40 anos."

O diretor-geral também ressaltou que, durante a pandemia de Covid-19, a OMS teve um papel crucial, mas enfrentou severas limitações financeiras, reforçando a necessidade de um financiamento previsível e flexível para responder a futuras crises de saúde pública.

A OMS, uma das 16 instituições internacionais convidadas para a cúpula, teve destaque durante a pandemia, com Tedros frequentemente conduzindo as atualizações sobre novas variantes do vírus, o progresso no desenvolvimento de vacinas e estratégias de prevenção.

Em uma visita anterior ao Brasil, em fevereiro, ele elogiou o país por colocar a saúde no centro da agenda do G20, ressaltando a importância da colaboração internacional para enfrentar desafios globais de saúde. Com a alta de Tedros, espera-se que ele retome rapidamente suas atividades, continuando a liderar os esforços da OMS em prol da saúde global.