Ciência

Telescópio Espacial Capta Asteroide 'Assassino de Cidades'; Descubra tudo que sabemos até agora!

2025-04-01

Autor: Gabriel

O Telescópio Espacial James Webb (JWST) acaba de finalizar a primeira de duas observações programadas do asteroide 2024 YR4, conhecido por seu apelido temível de "destruidor de cidades". Este corpo celeste passará perigosamente perto da Terra e da Lua em dezembro de 2032. A análise feita por uma equipe internacional de astrônomos com acesso a tempo de observação emergencial revelou que o asteroide pode ser maior e mais rochoso do que se pensava inicialmente.

Os dados coletados até agora confirmam que o 2024 YR4 não representa um risco imediato de colisão com a Terra. No entanto, há uma pequena chance, embora reduzida, de que o asteroide colida com a Lua. "Embora o risco de impacto com a Terra tenha sido descartado para o dia 22 de dezembro de 2032, devemos estar atentos à chance remota de atingir a Lua", afirmaram os pesquisadores. Uma nova observação pelo JWST está agendada para maio de 2025, antes que o asteroide siga em direção ao sistema solar externo.

A Descoberta e suas Implicações

O 2024 YR4 foi detectado em dezembro de 2024 e tem aproximadamente 60 metros de diâmetro, um tamanho suficiente para causar destruição em larga escala em caso de impacto. Inicialmente, cálculos indicavam uma chance de 3,1% de colisão com a Terra, o que gerou grande preocupação, mas novas análises levaram essa probabilidade a 0%.

Para um entendimento mais preciso desses riscos, a Agência Espacial Europeia (ESA) decidiu utilizar o JWST, que capta medições mais exatas sobre tamanho e composição do asteroide através de seus sensores infravermelhos. Diferentemente dos telescópios terrestres, que se baseiam na luz refletida, o JWST detecta o calor que o objeto emite, proporcionando uma análise mais detalhada.

Risco Lunar e Oportunidades de Estudo

Na primeira observação realizada em 26 de março, notou-se que o asteroide efetua uma rotação a cada 20 minutos e os dados indicam que sua composição pode ser mais rochosa do que se acreditava. Embora a Terra esteja a salvo, existe uma possibilidade de cerca de 2% de que o asteroide colida com a Lua.

O impacto lunar, embora indesejado, pode ser uma oportunidade única para os cientistas estudarem a formação de crateras em tempo real. "Seria a primeira vez que poderíamos analisar um impacto com informações detalhadas", destacou o astronomo Andrew Rivkin, da Universidade Johns Hopkins. O também astrônomo Alan Fitzsimmons, da Queen's University Belfast, enfatizou que, apesar do impacto não afetar a Terra, a situação traria dados valiosos sobre impactos lunares e a dinâmica do nosso satélite natural.

Com uma nova rodada de observações programadas para maio, os cientistas pretendem aprimorar seus cálculos sobre a trajetória do 2024 YR4 e a possibilidade real de um impacto lunar. Vale a pena acompanhar essas investigações, pois o que está em jogo pode transformar nosso entendimento sobre asteroides e suas interações com a Terra e a Lua.