Um homem de 49 anos, identificado como Vem Miller, foi preso do lado de fora de um comício do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Califórnia, neste sábado (12/10). A polícia local confirmou que ele estava portando armas e um carregador de alta capacidade no momento da detenção, próximo ao evento no Coachella.

A situação alarmante começou quando Miller tentou se passar por jornalista para entrar no evento. Durante a abordagem policial, foram encontrados em sua posse vários passaportes e carteiras de motorista com nomes diferentes, além de uma placa de veículo falsa.

O xerife do condado de Riverside, Chad Bianco, destacou que a ação policial pode ter evitado uma tentativa de assassinato, embora tenha ressaltado que o suspeito aparentava ser uma pessoa com problemas mentais. Bianco também afirmou que pode ser difícil provar a intenção de Miller, mas indicou que ele possivelmente tem ligação com um grupo de extrema-direita conhecido como Cidadãos Soberanos.

Esse grupo é reconhecido por sua rejeição ao governo e às leis que ele considera inaplicáveis a si. "Não a chamaria de organização militante", disse Bianco. "É mais um grupo que não acredita na autoridade do governo."

As investigações estão sendo realizadas em conjunto com o FBI e o Serviço Secreto dos Estados Unidos, evidenciando a crescente preocupação com a segurança de Trump e os riscos que ele enfrenta em meio à sua campanha para as próximas eleições, que ocorrerão em novembro. Neste pleito, ele disputará a presidência contra Kamala Harris, atual vice-presidente.

Esse é mais um episódio alarmante que destaca o clima de tensão em relação ao ex-presidente. Em julho, Trump já havia sido alvo de um ataque a tiros durante outro comício em Butler, na Pensilvânia, onde um atirador disparou contra ele a partir de um telhado próximo, resultando na morte de um apoiador do ex-presidente.

Além disso, no mês passado, um homem armado com um rifle invadiu um campo de golfe onde Trump estava jogando, o que eleva ainda mais as preocupações sobre a segurança em torno da figura polarizadora do ex-presidente.

Com cada incidente, a pesquisa para entender quem são os apoiadores e os opressores do governo aumenta, revelando um cenário cada vez mais complexo e perigoso na política americana.