Nação

Tesoureira do PT Desafia Lula em Reunião Decisiva

2025-03-11

Autor: Ana

Na última quinta-feira (6/3), um encontro inesperado no apartamento de Gleisi Hoffmann em Brasília virou o centro das atenções no Partido dos Trabalhadores (PT). O presidente Lula foi confrontado por importantes líderes da legenda sobre a acirrada disputa pelo comando do partido, e uma voz se destacou: a da tesoureira nacional Gleide Andrade, forte aliada de Gleisi.

Durante a reunião, fontes revelaram que Gleide questionou abertamente se Lula realmente apoiaria Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP) e adversário de uma ministra recém-nomeada por ele, no caminho à presidência do PT. Este posicionamento revela não apenas divergências internas, mas também a tensão crescente entre os diversos grupos que compõem o partido.

Embora Gleide pertença à corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), que apoia Edinho, ela tem demonstrado resistência à sua candidatura nas eleições marcadas para julho, citando diferenças nas abordagens do partido e a necessidade de uma posição mais à esquerda. Seus aliados a defendem, afirmando que sua oposição à candidatura de Edinho é motivada por questões estratégicas, enquanto os apoiadores do ex-prefeito suspeitam que a tesoureira teme perder sua posição, caso Edinho vença a disputa e decida reestruturar a diretoria.

A reunião não estava na agenda oficial de Lula, o que levanta questões sobre a transparência e a dinâmica interna do partido. Conduzido pelo presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, o presidente chegou acreditando que o encontro seria uma oportunidade de reconciliar as diferentes facções em torno do apoio a Edinho. Todavia, ao contrário do que esperava, ele se deparou com uma onda de críticas contundentes ao ex-prefeito.

Desse modo, Lula, que prefere uma abordagem mais conciliadora, ouviu as críticas, optando por se manter em silêncio durante boa parte da reunião. Nos próximos dias, ele deve se reunir com outras lideranças, incluindo o experiente deputado federal Rui Falcão (PT-SP), que presidiu o partido entre 2011 e 2017. Essa conversa pode ser crucial para tentar restabelecer a unidade interna do PT e garantir uma direção coesa para as eleições futuras.

O cenário político dentro do PT está cada vez mais tenso, e as disputas internas podem influenciar não só o futuro do partido, mas também as eleições nessa instância e seu desempenho nas próximas eleições gerais. Os próximos passos de Lula e das principais lideranças do PT serão observados de perto, à medida que a batalha pela presidência do partido se intensifica.